Tenha muito cuidado com a faca de dois gumes. Pois ela, pode mais facilmente corta-lo. A politica brasileira estabeleceu dois gumes, onde de um lado são cobradas as 500,000 mortes imputadas ao vírus chinês e de outro a lembrança, que 16 milhões de vidas foram salvas. É ou não é uma faca de dois gumes?
Em estatísticas, qualquer que seja o âmbito, se você não souber aquilatar bem a importância dos percentuais, sofrerá do mesmo problema. Pois, nada é 100% e muitos menos 0%. O primeiro conceito que tem que se ter na mente, é que existem números absolutos e os relativos. Os números absolutos muitas vezes criam uma névoa que pode encobrir a verdade. Entre os relativos, isto se torna mais difícil.
Em pesquisas levadas a efeito e tomando como base os resultados obtidos somente nas provas de grupo, pelo mundo, a relatividade é grande e acredito que deva ser encarada como importante. Pois, o volume é tão gigantesco, que as coincidências evaporam no meio do universo.
Confesso que gosto de burilar com os números mas me cerco de todos os cuidados para que minha faca tenha apenas um gume e este esteja afiado e assim com um maior poder de penetração, nas mentes de quem as lê.
Em números relativos, levando-se em conta a existência de 859 individuais ganhadores de grupos nos 37 centros que pesquiso, qualquer percentual abaixo de 7% em se tratando de tribos, não tem na minha visão um poder de dominância significativo. Porque não 10% ou 5%? Não teria como explicar, porém, valho-me da experiência de pesquisador e sei que a coisa invariavelmente rola perto dos 7%.
E levando em conta este percentual, como a altura do sarrafo, constataremos que as três linhas principais de Northern Dancer, Danzig, Sadler´s Wells e Storm Bird, dominam com 45% dos ganhadores no mundo e as duas linhas restritas como as de Halo e A. P. Indy somadas, com pouco mais de 15%. Logo cinco segmentos de apenas três tribos dominam o pedaço. Elas são responsáveis por 60% do perfil clássico mundial.
Não tenho a capacidade de estar errado, como os centros de pesquisa do Ibope e Data Folha, que chegaram ao cumulo de afirmar que Bolsonaro perderia para qualquer outro candidato em um segundo turno, nas eleições passadas. Ao contrário, nestas pesquisas sobre a atuação das tribos em uma temporada, os parâmetros são sólidos e se repetem a cada ano de maneira quase similar. Não seria a hora de aceitar o fato, pois doeria menos?
Isto não o proíbe de usar outras tribos ou outros segmentos das tribos que hora dominam. Mas deveria pelo menos o fazer inibir-se de rompantes românticos.