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terça-feira, 8 de novembro de 2022

PAPO DE BOTEQUIM. AS TRÊS ATUAÇÕES QUE MAIS ME IMPRESSIONARAM

Forte
De vez em quando temos que dar um tempo, para que as idéias voltem para seu lugar racional, dentro do cérebro. E creio que passei por esta espera depois de ter sido testemunha daquela que foi a última aparição de um cavalo sublime, que poderá vir a ser lembrado por gerações futuras que terão a felicidade de ver em videos, aquilo que eu não pude ver de Ribot. Mas vamos por partes.

Batemos no sábado, todos os recordes de audiência do deste blog. Quase 2,500 visualizações em cinco horas. E não foram poucos, aqueles que se comunicaram pedindo para que eu lhes dissesse, quais, em minha opinião, foram os momentos mais marcantes deste festival. É gratificante ver esta reação popular.

Quero, antes de mais nada abrir um parenteses, e deixar claro que uma reunião de tanta qualidade, como a do Festival da Breeders Cup, por si só, sucita em mim, um sentimento de renovação. A cada ano, ressuscito em meu interior, aquela vontade de tentar descobrir mais porque as coisas acontecem e certos detalhes repetidos ano, após ano, formam em você, crenças que tudo pode vir a ter uma razão de ser. Fecho este parênteses, na certeza que me fiz entender.

Três atuações me impressionaram sobremaneira. Numa delas, protagonizada pela argentina Blue Stripe. 

Sempre mantida junto aos paus, aproveitou cada centímetro do percurso, acompanhando a ponteira Society de perto, num trem fraco, que propiciou que ainda no final da curva, quase todas viessem a disputar a ponta. Mas ao adentrarem ao direito, a argentina parecia uma leoa esfaimada a caça de comida, para si e seus filhotes. Assumiu a vanguarda e pelo menos para mim, deu a nítida impressão que decidiria a carreira a seu favor. Mas não se tratava de uma carreira comum. E creio que com Clairiere junto aos paus e a Kentucky Oaks winner Malathaat por fora de si, só veio a ceder a vitória, a centímetros do disco, num final emocionante decidido entre as três na fotografia.

Blue Stripe, é irmã materna de Blue Prize, que ganhou esta mesma carreira em 2019 e se tornaria a quarta égua argentina a conseguir a Distaff, já que Bayakoa vencera as edições de 1989 e 1990, Paseana ganhou em 1992 e foi segunda no ano seguinte e como dissemos Blue Prize o fez em 2019. Horas depois, Blue Stripe era vendida no Tattersall de Fasig-Tipron, por US$4,0 milhões, sendo este o quarto maior preço da noite

O que isto representa? 

Que éguas argentinas de amplo poder competitivo se adaptam bem ao dirt norte-americano e podem ganhar, aquela que é a mais importante carreira para éguas de mais idade, neste país. Usei o termo argentinas e não sul-americanas, pois, embora Riboletta tenha sido a favorita em uma Distaff no final do século passado, inexplicavelmente fracassou quando da disputa de seu Distaff. Logo a hegemonia continental continua a ser platina.

A nota lamentável, foi a atuação da favorita Nest, que chegou apagadamwente na quarta colocação, sem nunca ter participado da carreira, 

A segunda performance que me deu arrepios foi a de Forte, que certamente lhe garantirá ser o champion 2yo da temporada.  A segurança como ele ultrapassou a aquele que parecia ser o inexpugnável no meio da reta, foi de chamar a atenção. Todos, eu, Bob Baffert, vocês e até a torcida do Flamengo, tinham Cave Rock como o nome do páreo, pois, o invicto filho de Arrogate parecia que iria seguir os passos de seu pai, mas na verdade enveredou pelo de seu avô materno, que foi considerado - como ele - um freak em suas primeiras corridas, mas depois... O que aconteceu com Cave Rock? Foi a distância? Um mal dia? Uma falsa percepção do mercado?

Não sei ainda como responder. 

O que sei é que o descendente de La Troienne, não deu a mínima bola para ele, ganhando sua quarta carreira, nesta que foi a sua quinta apresentação e me dá a nítida impressão estar ainda em franca evolução. O que Forte - que será sem duvida alguma, o champion 2yo, o que fará, não sei. Porém, espero bastante.

E finalmente a terceira grande impressão foi a de todos, que assistiram estes dois dias de carreira em Keeneland. Que Flighline pode ser o cavalo deste século, como também, o de todos os séculos.

Meus caros navegantes, a forma pela qual ele passou por Life is Good, foi a mesma do Ronaldinho Gaucho brincando de jogar bola, com meninos de seis anos de idade. Ele simplesmente brincou. Embora em termos de distanciamento para o segundo colocado não haver comparação, lembrou-me o Belmont de Secretariat. Running like a tremendous machine... Com compostura e profissionalismo. E o povo se levantando de seus acentos e aplaudindo seus metros derradeiros. Parecia no mesmo quadro.

Permita-me repetir algo que escrevi no calor do momento e o faço por até aqui não ter entendido o que realmente aconteceu e como ninguém ainda me explicou ... Peço que alguém me explique - como eu tivesse quatro anos incompletos - porque Life is Good passou em 45.47 e 67,98, enquanto na dirt mile, estas mesmas distâncias foram vencidas por frações menos velozes, de 45.71 e 70.34? O que Pletcher achava? Que iria quebrar a Flighline ao meio e ainda por cima, ganharia o páreo???? 

Foi simplesmente, IMPRESSIONANTE !

Sabe quando Life is Good meteu para os 1,200m ? 1.09.62. Fiquem cientes que Breeders Cup Sprint, teve seu tempo final estabelecido em 1.09.11

Sabe quanto Flighlime passou a milha? 1.34.58. Milha esta que na Breeders Cup Dirt Mile, parou os relógios em 1.35.33

O que isto explica? 

Que ele com os parciais de Life is Good nos 1,200m e seu próprio, na milha tanto um como o outro, poderiam ganhar a Dirt Mile, e quando muito, ceder uma derrota renhida na Sprint. Tais brincado? 

Estamos falando de um grupo especial de cavalos especializados por distância, coisa que ficou evidenciada, que pouco importa para Flighline. Este é o nível de cavalo que este filho de Tapit, é.


Reparem na extenção do galão da criança ...

Todos os demais treinadores, Baffert, Mott e até os menos votados, correram quietinhos, para uma segunda colocação. Menos Pletcher. Para mim, bravo, mas propenso a um erro colossal. Uma repetição do que o treinador de Sham, fizera no Belmont Stakes de Secretariat, e por conseguinte, com um mesmo desfecho tenebroso. Com esta tomada de posição, penso eu, Pletcher maculou de forma indelével, a campanha futura de Life is Good no breeding-shed. Bravo mas idiota...Outro elemento de alto padrão, cuja a ida ao Oriente,  ainda jovem, deve tê-lo afetado. Pois, ele nunca demonstrou ser o mesmo depois daquela aventura.

Para mim, Flightline foi o grande momento da festa. O Distaff, a prova mais excitante de todas e Forte, o cavalo a daqui para frente se acompanhar com atenção redobrada. Sua primeira cota vendida em leilão virtual em Keeneland, o coloca como um cavalo a ser sindicalizado por no mínimo, US$R185 milhões.

Quanto valeria hoje a cota de Life is Good?