Outro dia li, algo que me calou fundo. Algo que sempre presumi, mas nunca havia me dado ao trabalho de colocar em forma de texto.
Não chame de destino as consequências de suas própria escolhas.
Simples, prático e verdadeiro.
Temos o péssimo hábito de quando coisas negativas nos afligem de imediatamente culpar o destino. Será que nós por nossas ações, não decretamos o nosso próprio destino? Se você se joga lá de cima do alto do Empire Stakes, acredita que seja uma peça pregada pelo destino, o simples fato de se esborrachar no asfalto? Ou quando levanta um dedo, na hora errada de um leilão, e culpa o destino por aquela sua escolha que o tempo prova não ter sido sua melhor opção?
Eu acredito, que todos nós fazemos o nosso destino. Somos responsáveis pelo mesmo. E isto diz muito a aquele que opina. Que toma partidos. Que exerce opções.
O isentão, não sofre com o fato de se manter encima do muro, porém, quando um dia tem que optar por qual lado deve descer, acaba também, se errado foi, culpando o destino, que não o deixou ficar para sempre lá encima.
O timeform, algo que respeito mas me dou o direito de duvidar, aponta Flightline com um rate de 143. Um direito que assiste a quem assim o calcula, mas como imaginar um termo de comparação entre cavalos milheiros alongados como Frankel, clássicos como Sea Bird, Ribot e Mill Reef, meio fundo como Brigadier Gerard, milheiros como Tudor Minstrel, velocistas como Abernant, todos na grama e em contrapartida, um de meio fundo do dirt como Flightline. E ai eu ainda me dou ao direito de perguntar onde 3stariam Nijinsky e Secretariat? No limbo? E nenhuma égua? Nenhuma Enable, Zenyatta ou coisa similar?
Tem nexo?
Se tem, por favor alguém explique-me. Mas o faça com eu tivesse seis anos de idade, por que já vou adiantado que vai ser muito difícil para mim entender. E quase impossível me convencer.
São conjecturas como estas que complicam o simples entendimento da essência dos turfe. Que coisas só podem ser comparadas no confronto direto de pista e em certas condições. Eu penso que Flightline teria mais dificuldade de bater a Life is Good, num 1,400 metros do que foi nos 2,000 metros, pelo que presenciamos na recente disputa da Classic. Mas se forçado, Flightline não poderia te-lo feito também na distância menor? Nunca saberemos?
Quem em sã consciência poderá afirmar que Rachel Alexandra era melhor que Zenyatta e vice versa, se as duas, mesmo corridas na mesma temporada, preocuparam-se em não se enfrentar. A gente sabe que Sunday Silence era melhor de Easy Goer, Affirmed que Alydar e Falcon Jet que Flying Find, porque os números de suas disputas, não deixam duvidas sobre o fato.
Logo, com todo respeito acho o Timeforme ilustrativo, pela dimensão que cria de um cavalo de corrida, mas nem de longe espelha aquilo que considero como verdade. Os que fazem parte da amostragem acima, são cavalos de mesmo patamar. Disto não há duvidas, mas na curta, Abernant seria capaz de bater a Dayjur. Na milha Tudor Minstrel seria tão melhor que Baaeed e Dancing Brave inferior a Mill Reef?
Assim sendo com todo respeito, para estas escolhas que teoricamente definem destinos, solto um sonoro durma-se com um barulho destes !