Eu, por sua vez, diria ser esta uma forma lúcida de se colocar os pingos em seus devidos ís. Mas tem gente que teima em não aceitar este fato. Fogem da realidade. Criam narrativas e vivem de fantasias, como sorte, oportunidade, quiromancia, voodoo, bola de cristal e outros artifícios, que podem até funcionar de vez em quando. Mas dificilmente irão se repetir. E creio ser impossível se acreditar numa constância de qualquer um destes. Isto vale para o futebol e para o turfe.
Vou tentar ser objetivo e rasteiro. Se o cara acredita na sorte, aconselho a ir para a Loteria esportiva, onde o prêmio é muito maior e o resultado, imediato. Ou se jogue do alto do Empire States, pois, se chegar inteiro, será personagem do Fantático.
Não conheço ninguém que em nosso mercado se manteve, somente pela sorte. Evidente que ela funciona em uma determinada parcela. Porém, não tão significativa quanto possa parecer, a primeira vista.
Volto a me reportar sobre a importância das tribos no contexto geral da transmissibilidade. Vejam como elas tem se comportando ainda no inicio da temporada.
Novamente são as três tribos predominantes - nestes últimos anos - as únicas a produzirem até aqui, mais de três individuais ganhadores de grupo, com 77 provas disputadas. Quatro segmentos de Northern Dancer. Quatro de Mr. Prospector e um de Halo. Com a ramagem Danzig-Danehill, como sempre liderando.
Isto não lhe sugere alguma coisa?
Seria ainda lúcido se acreditar, nos dias de hoje, que os Damascus, Hyperions e Tourbillons, estarão de volta, a qualquer momento, sendo apenas uma questão de tempo? Senta que em pé, cansa...
Volto a repetir que é cedo para que conclusões sejam tiradas, mas algo me diz, que com 180 ganhadores, o que geralmente representa um pouco mais de 10% dos individuais de grupo a serem verificadas no ano, o quadro certamente mudará de figura, todavia os lambaris serão os mesmos.
