Tenho amigos que torcem por outros times, que não o Flamengo. Paciência, nem todos são perfeitos. Mas tem um Palmeirense, que é verde - quase musgo - que teima em afirmar que o Flamengo não tem estádio, o que não deixa de ser a mais pura verdade. Outrossim, diria que o Flamengo, tem um banco, tem um Mundial e o usufruto do maior estádio do pais, que na realidade o Palmeiras não tem. Serve?
Pois é, sob qualquer ângulo, existem situações que favorecem A, B, ou C. Basta se analisar, cada uma das situações. Não coaduno com aqueles que vivem o passado, ou simplesmente se negam a imaginar o futuro. O que aprendi, em minha vida, é que temer um futuro incerto e se melindrar com um passado mal resolvido, não nos leva a lugar nenhum. E no turfe isto me parece por demais claro de ser compreendido. Já que de dez decisões, que você tome, dificilmente sete estarão corretas, como por exemplo a escolha de um cruzamento.
Não seria empáfia de maneira alguma, me sentir um sujeito preparado em termos de linhas maternas e pedigrees que possam vir a dar certo em nossa criação. Conquistei este espaço, com muito estudo e resultados a meu favor. E digo, enquanto partimos como elemento básico de seleção pela filha do, não chegaremos a lugar algum. Linhas maternas e estruturas genéricas, tem que fazer parte do contexto, assim como fisico e expressão.
Nada entendo de canchas retas e mesmo em se tratando de velocidade, tenho certas dificuldades de entender os meandros destas carreiras de tiro curto. Outrossim, este recém disputado Turfe Gaucho, apenas demonstrou que numa "penca" organizada e com direito a exames de dopping, a genética acaba falando mais forte.
Respeito o enfrentamento e aqueles que defendem a medicação livre, neste tipo de carreira. Respeito mas não coaduno. Imaginem uma olimpíada sem exames? Teríamos um perfeito perfil do atleta - em qualquer modalidade - com medicações livres?
O que saquei nesta ultima disputa no Cristal? Que a turma das canchas retas, em termos de jogo, estão anos luz a frente dos hipódromos. Os remates, as inscrições feitas com um ano de antecedência, o que se joga nos grupos da internet, me fazem crer, que os hipódromos brasileiros, para as chamadas corridas de flat, deveriam copiar o mesmo modelo. Não doeria também bastante menos, simplesmente aceitar que um trabalho foi desenvolvido nas finanças do Flamengo para ele ter chegado ao estágio que hoje desfruta?
Outro coisa que para mim, já estava clara e cada dia se torna mais límpida, é sob o comportamento do cavalo treinado nas chamadas retas, no partidor. Entram em coisa de segundos e partem em frações do mesmo. Em nossos hipódromos, as vezes, levam-se mais de três minutos, para alinhar e largar uma carreira que de vez em quando nem dez animais, tem. A largada é tão importante que são os treinadores, nas canchas retas, que ajudam a seus pupilos entrar no starting-gate.
Não seria hora, de descermos de nosso pedestal de empáfia e tentar copiar certas coisas que são levadas a efeito nas canchas retas?