Apenas um pequeno esclarecimento.
Por favor, não me compreendam mal, porém o simples fato de você, ou quem quer que seja, amar uma determinada coisa, não o faz conhecedor da mesma. Calugula amava tanto Incitatus, seu cavalo, que o fez primeiro ministro, e por tal foi assassinado ainda jovem - 28 anos - nos corredores de seu palácio, por membros de sua própria guarda pretoriana. Ele que havia assumido o poder depois da morte do desprezível Tiberius, o segundo imperador romano, e deu vazão com a sua, a ascensão de seu tio, Claudio, tornando-se respectivamente terceiro e quarto imperadores daquilo que era reconhecido como Roma, é um exemplo de um amor utilizado para fins esquivos.
Amar o que se faz, é muito importante. Mas este amor levado adiante sem conhecimento e imaginação, o pode levar a extremos como o de Caligula. O que podemos tirar disto? Que a vida resume-se em ter certeza que não seremos eternos e que viveremos um momento de mutações constantes, em nossa formação. As marcas que nela deixarmos, com o que aprendemos e transmitimos , boas ou ruins, serão certamente os capítulos de nossa história.
Tesio, construiu sua história, mas não o fez como um altruísta e sim por sua vontade de ganhar. Tinha o espirito de Atila, o huno: o de predador. Vibrava intensamente em suas vitórias com o mesmo ímpeto do huno quando colocava fogo em um templo e sacrificava todos aqueles que nele haviam sido encontrados. Seria uma forma errônea de comemorar?
Talvez, mas as criticas que recebia, vinham em sua grande maioria de gente que nada construíra, logo de construtivas nada tinham. Parece-me mais chegada a inveja e a dor de cotovelo.
Devia ser realmente duro para Boussac ver alguém, de um pais de pouca expressão turfística, e que tão menos que ele investira seus recursos na atividade, o ganhar quase que dia sim e outro também, quando se defrontavam nas mais importantes carreiras do continente. E vejam, que Boussac não era nem de perto alguém que pouco construíra na atividade.
Vó Adelina, definia a inveja, como uma critica que vinha de baixo, e por tal não o deveria afetar. Discordo, da nobre senhora. Critica sempre será critica, venha ela da altura que for. E com ou sem fundamentos, afeta de uma maneira ou de outra o trabalho de quem o faz honestamente.
Tenho meus críticos. Aceito-os, pois, é o direito de qualquer ser humano, emitir a sua opinião. E quando se sai na chuva, há uma certeza, que vai se molhar. Apenas, levo em consideração, aqueles que o fazem com base em algo, não por gostos pessoais, ou invejas adquiridas por incapacidades hereditárias.
De há muito deixei de responde-las, pois, aprendi com a porta de meu quarto, que nunca haverá compreensão da parte dela, em abrir, se eu não souber como manusear a maçaneta.