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domingo, 18 de junho de 2023

DA VARANDA DO EDSON, MEU PAPO DE BOTEQUIM NO REINO DAS REALIDADES



Minha indagação continua a mesma. Onde estão chilenos, que andam importando em grande número, não apenas reprodutores, mas também. matrizes do primeiro patamar do mercado internacional e o que se vê, ano após ano, são os cavalos brasileiros de inferior genética luzir com maior afluência, nas provas graduada norte-americanas?

Trata-se de uma indagação compatível com as necessidades de se compreender o cenário internacional. Deixamos claro aqui por escrito, meses atrás, que Planetário aclimatado e melhor adaptado, a seu novo campo de ação, iria conquistar os Estados Unidos, em provas de distâncias clássicas e de fundo. E ontem deu o primeiro e decisivo passo para fazê-lo.

Vencer o San Juan Capristano (G3) em Santa Anita pode não parecer importante, para muitos, dada ser uma prova disputada na grama e numa distância, off'-broadway, aquém do domínio da genética local. Porém, para mim é importante e principalmente da forma como ele venceu. Refraziando a afirmativa: da forma como massacrou ele, sem ao menos ser exigido. Como pode ser visto a seguir, no video da carreira, foi um vareio, sem precedentes, e que a meu ver carimba de forma definitiva seu passaporte para em Delmar onde ele deverá garantir seu lugar nas Breeders Cup Turf desta temporada.

Teria Raptor´s ganho o Brasil se Planetário estivesse presente? Ninguém poderá afirmar que sim ou que não. Mas seria naturalmente um embate bonito de se ver. Em termos genéticos vejo um pouco mais de potencialidade no ganhador do Derby carioca. Mas poderia isto gerar dividendos na distância dos 2,400 metros?

Não os gerou para a favorita High Wire, que corajosamente abriu mão de um Roberto e Nelson Seabra (G1), que caia para ela de maduro, para tentar contra os machos, o Grande Prêmio Brasil? Teria sido a distância um pouco maior? A grama macia? O posicionamento dos astros? A verdade é que algo deve ter sucedido, já que ontem definitivamente, demonstrou não ser ela ali presente.

E o que dizer de Kenlova, que voltou a dominar, novamente, as éguas, agora na mais importante prova feminina de nosso calendário? Filha de um reprodutor nacional, que na temporada passada reprodutiva, veio a cobrir - pelo que me foi passado - apenas duas éguas. E se High Wire tivesse optado por se manter entre as fêmeas, o que aconteceria? Mais um ponto para o Esteves fechar com chave de ouro, um festival inesquecível?

Não sei, porém, algumas definições ficaram claras nestas disputas. 

1. Que o por nós importado Tiger Heart, domina as provas de velocidade, não apenas agora nas pencas, mas também nos prados. 

2. Que o jovem Can the Man domina o pedaço que aparentemente durante um período, pertenceu a Courtier, no ano seguinte z Kentuckian e até pouco tempo atrás a Camelot Kitten. Resta a saber que se na distância seu filhos se manterem com a mesma performance.

3 Que Moreira, domina com extrema segurança o raking de nossos jockeys, e ter ganho o Brasil, foi mais um degrau em sua escalada para Valhalla. Que ele e H. Fernandez, propiciaram ao publico turfista pelo menos quatro ferrenhos embates.

4. Esteves, só não teve a chance de ganhar o Roberto e Nelson Seabra, pois optou-se que High Wire viesse a correr contra os machos. Decisão esta que achei lógica, mas que infelizmente não se concretizou a contento. Riscos a serem corridos.

5. Que aqueles que se dão bem em Cidade Jardim, no mais alto  patamar, de maneira alguma sofrem rebates técnicos, quando descem â Gávea, como alguns bairristas teimam ainda em afirmar. Embora se levarmos em conta, que o placar das quatro mais importantes provas deste festival, tenha sido o de 3x1 para cariocas, diria que com 10 metros a mais no Presidente das Republica os paulistas teriam empatada esta disputa.

6. Que parece não ter como se agendar um buffet perfeito no hipódromo da Gávea. Não seria a hora de contratar o Edson Alexandre?

No mundo das especulações tudo é possível. Ate acreditar-se na honestidade do Lula e na inteligência da Dilma.Elas teriam seus lugares reservados. Mas no mundo das realidades, sentiu-se um esforço muito grande da atual diretoria do Jockey Club Brasileiro em garantir um bom espetáculo. E acho que de alguma forma ou de outra conseguiram pois, jogou-se R$1,037,972.75 na sexta. R$1,505,409.26 no sábado e R$2,290,572.66 no Domingo.  Com 12 páreos ainda a se completar, na jornada de hoje, segunda, a meta de R$7,000,000.00, não será atingida, outrossim ficou perto de ser alcançada.

As vendas, foram bem acima das expectativas, logo entre mortos e feridos, quase todos se salvaram. O que me faz sentir, ter a sublime sensação de não ter perdido a viagem.