Não existe hoje, pelo menos em mim, o menor resquício de duvida, que a volta de todos e eu disse TODOS, os leilões a esfera de presenciais, se torna mais dos que necessária. É imperativa, pois, não há nada como se sentir o cavalo. Aquelas chamadas vibrações, mesmo que não sejam constantes, mexem com o seu interior. E quem não ter a capacidade de sentir tais vibrações, que contrate alguém capacitado a senti-las.
Ontem nas vendas do Eternamente Rio, deu para notar nitidamente isto. Eu não posso reclamar. Indiquei três dos quais dois vieram a ser adquiridos. E um, infelizmente preterido. Seriam eles os melhores? O tempo, como sempre, responderá por esta pergunta, porém o importante o que senti ontem, é que o fato de ser preferencial aparentemente não tenha agradado, a gregos quanto a troianos, pois, vários dos lotes não fizeram luz ao que realmente são, e outros poucos, apenas fotogênicos, saíram, a meu ver, muito acima das expectativas.
Quem se prejudica mais com isto? Eu não tenho receio em afirmar que todos.
Não há duvidas, que o Eternamente Rio está fazendo jus, a ser um dos mais esperados leilões de nosso mercado. Na pista, eles que criam, - seus crioulos - estão se saindo bem. O trabalho do Raul - aquele que se recusa a participar terminantemente das lives - no haras, me parece extraordinário. Já o era no Niju, e continua sendo no Eternamente Rio. Desculpem, mas é o que sinto e me sinto seguro de afirmar. Viajo o Brasil inteiro a procura de diamantes equinos e a vida me ensinou, que é mais fácil se conhecer gente que fala, do que cavalos que relincham. Muito bem, depois deste pensamento de literatura de cordel, o que tenho a dizer, é que este, o presencial, é o melhor parâmetro a se levar em consideração sobre o destino de um cavalo.
Quantos cavalos não caindo nas mãos certas, evitarem que alguns destes diamantes fossem devidamente lapidados?.
Ao vivo e a cores no Tattersall, bem ali à sua frente, onde você pode sentir o animal, muitos gatos deixam de ser pardos. Não creio que por trás de uma imagem fria de um video, que só tem a capacidade de captar um momento, possa favorecer ou não ao filmado.
A faina dos leilões continuam. Hoje temos o Fronteira que acredito que tenha dois lotes aptos a disputarem a liderança das próxima geração. Feminina e Masculina.
Vi a todos que serão vendidos, um a um, em quatro dias de trabalhos interruptos. Cansativo, porém, esclarecedor em vários pontos. Vários elementos os vi em mais de uma oportunidade e o senso de comparação, confesso que se tornou essencialmente mais acurado. E o que minha experiência permite afirmar, é que estamos à frente de uma geração impar. Produzimos uma quantidade irrisória de cabeças, em compensação uma qualidade percentualmente significativa de físicos, de atletismo invulgar, que nada deixam a dever ao coetâneo do hemisfério norte. Escrevo com conhecimento de causa. O problema é op de sempre, e que fica difícil de se mudar.
Volto a repetir: nossos cavalos, mesmo dotados de uma genética inferior, ganham mais provas de grupo do que os chilenos nos Estados Unidos. Porque ressaltei aos chilenos? Pelo simples fato deles terem trazido reprodutores de primeiro nível no cenário internacional, certamente muito mais importantes do que pudemos trazer, e não terem sequer uma fração dos títulos que ganhamos nestes últimos anos em pista. Simples assim.