Certas pessoas me fazem pensar, ser o Brasil um pais fadado ao fracasso, já que o número de fracassados é grande, e daqueles que torcem pelo fracasso alheio, ainda maior. Isto me lembra aquela historinha que aqui já contei do homem que desafiado a ter relações sexuais com 100 mulheres no gramado do Maracanã, ao fracassar na última de todas, ouve imediatamente o coro uníssono das arquibancadas: Bicha ! Bicha ! Bicha !
Pois mesmo no turfe, que quando você corre 10 e quando ganha quatro, é uma benção divina, as pessoas lembram sempre das outras seis, não importa que as quatro tenham sido o Brasil, o São Paulo e nossos dois Derbies.
Vi Grimaldi ser o único cavalo brasileiro a ganhar as quatro carreiras e ouvi de muita gente, que ele não era muita coisa. A turma é que era fraca... Lembram de Duplex? Fez uma limpa pela América do Sul, mas como não ganhou no Brasil, nada de alta significância, nunca foi visto por um grande número de pessoas, como um cavalo diferenciado. Outro dia, um navegante me perguntou porque colocava o Falcon Jet, no mesmo patamar do Bal a Bali, do Itajara e do Much Better, esquecendo-se que se ele não houvesse nascido no mesmo ano de Flying Finn, provavelmente teria ganho de nove a dez provas de grupo. E os exemplos são muitos. A insatisfação do turfista brasileiro, de vez em quando, me parece exagerada. Enervante.
Doutor Sureno, ganha o São Paulo, o ABCPCC e ficou claro que seu destino seria o Latino e eu o acho um muito bom cavalo, o que aliás é um direito que me assiste. Não o coloco no primeiro patamar, Mas penso que ele seja, como afirmei do segundo, o mesmo de Dark Brown e outros. Ai vem outro navegante e me recrimina como eu tivesse escrito ser ele um malungo. Desculpem, mas a capacidade de raciocínio, deste é pouco maior do que um símio. E um simio abobado.
Basta perguntar para 10 proprietários, quem ele preferiria ter, se Deus assim o desejasse, Bal a Bali ou Doutor Sureno? Eu por acaso, tentaria convencer ao Senhor, se não era possível ficar com os dois, mas se não fosse possível, optaria pelo primeiro.
Sim, meus amigos, é uma questão apenas de opção. Isto é o que uma opinião nunca deixou de ser: não uma verdade absoluta, mas uma opção pessoal. E ainda existem pessoas que acreditam em rates e comparações. Opção pessoal, não é uma verdade universal. No máximo é a sua verdade e deveria ser respeitada e não peitada.
Qual o prazer que uma pessoa tem em discordar? Maquiavelismo? Penitência? O Aranha em nossa live de ontem,.contou em seus mínimos detalhes a operação Doutor Sureno, profissional e objetiva. Vale a pena ver, cada detalhe da mesma.
O importante é que Doutor Sureno representou bem o Brasil, e se amanha ganhar o Brasil, merecerá subir ao outro patamar. Simples assim. Outrossim, evidente se fez presente na pergunta do crítico de plantão, quando ele me perguntou quem eu preferiria ter, Bal a Bali ou Itajara ou Much Better? O que ele queria é que eu dissesesse, Bal a Bali. E creio que ficou surpreso, quando respondi, que o filho de Put it Back foi o maias completo dos triês, pois, além de tríplice coroado, bateu os mais velhos em provas de graduação máxima, tanto no Brasil, quanto nos EUA. Que Itajara foi o maior três anos que vi correr, apenas não pode provar aquilo que eu achava que faria, ganhar dos mais velhos. E Much Better, embora tardio, depois de acertado, dominou o continente, da mesma forma que Duplex havia feito anos antes. E que qualquer deles, se me fosse dada a graça de ter, aceitaria de muito bom grado.
Já é hora das pessoas no Brasil verem o turfe, como algo competitivo, onde se ganha ou se perde. Aliás perde-se mais do que se ganha. E isto não o faz menor de quem quer que seja.