Estou inteiramente consciente que emito opiniões que para muitos, não tem a mínima razão de ser. Na verdade tenho que aceitar o fato, com naturalidade, pois, se técnicos em bolsa de valores, são capazes de enxergar nas prestações de contas de grandes empresas, quando as ações da mesma irão crescer de valor no mercado ou cair, e para mim funcionam como hieróglifos, nada mais natural que alguns militantes no turfe boiem naquilo que apresento, por total ignorância dos fatos.
A bolsa de valores e os valores dados a genética, são situações empíricas. Apenas com uma grande diferença. A primeira é respeitada e a segunda não. Chega-se ao cumulo, de atribuir-se no caso da última, a um fator chamado de sorte. Sorte você ter que tem até ao chupar um chicabom, diria Nelson Rodrigues, mas não creio que se aplique ao turfe. Tesio, Lorde Derby e Boussac, não eram homens de sorte. Tinham conhecimento. Não foi por sorte que Einstein, chegou a conclusão na teoria da relatividade e Edison criou a lâmpada.
Sorte foi Aladdim, achar a lâmpada que continha um gênio e Tarzan descobrir uma macaca, que lhe quebrava todos os galhos. Dizem, as mas línguas, que até sexuais, até a entrada de Jane, neste triângulo...
No turfe não acredito em sorte. Ela sem dúvida alguma ajuda, mas sem observação, conhecimento, perseverança e paciência, não se chega a um percentual de acerto, compatível com suas necessidades. E quantos de nós, estamos susceptíveis a aceitar este fato? Quando sempre haverá espaço para se imaginar que as coisas acontecem por certas razões e que o tiro pode vir de qualquer lugar, mas em maior quantidade de determinadas direções?
Quanto ao tiro, digo e repito. Muitos deles, são produtos da exceção, que habita qualquer regra, em qualquer atividade terrena. Não podemos nos guiar por um El Santarém, um Riadhis, um Quari Bravo ou mesmo um Cacique Negro, pois, eles são tiros que vieram de rincões inadmissíveis as regras gerais. Mas não seriam quatro em um zilhão, um percentual excessivamente baixo? Diria até que desprezível!
Não podemos viver da irrealidade do imponderável. Ele existe no turfe, mas em percentuais ínfimos e assim mesmo, em sua maioria, nas camadas mais baixas dos mercados. Afirmaria, com pouca chance de erro, que dificilmente na Irlanda, na Inglaterra, na França, nos Estados Unidos, no Japão e até hoje na distante Oceânia.
Logo, se você não está convencido na propagação de tribos e linhas troncos, da força dos imbreeds em chefes dei raças e duplicações em matriarcas, ou mesmo em estruturas genéticas e afinidades, paciência, num naufrágio geralmente sobram algumas madeiras que podem lhe salvar. Mas tem que se nadar bastante, para descobri-las. E sempre haverão os tubarões...
Eu acredito nos itens, enunciados acima. E penso que eles poderão aumentar de forma considerável, o aumento percentual de chances de seu sucesso. E o mais importante: a manutenção do mesmo. Ou será que alguém acredita que Gloria de Campeão ter ganho a Dubai Cup, Einstein o Santa Anita handicap, Da Hoss duas Breeders Cup Mile, Cara Rafaela ser segunda na Juvenile, Hard Buck igualmente segundo no King George e Much Better ter sido na história das provas de grupo do turfe brasileiro, aquele que mais as ganhou, tenha sido um ato de sorte?
Quem assim pensar, vai mesmo precisar de um mínimo de sorte para simplesmente sobreviver nesta atividade...