Minha formação como estudioso de pedigrees, foi por intermédio de revistas e livros europeus, num tempo que a Europa, ainda mantinha a liderança do turfe mundial. Que aliás nunca perdeu, mas hoje tem que dividir. Mas os Epsom Derbies vencidos pelos cavalos norte-americanos, Sir Ivor em 1968 e de Nijinsky, Mill Reef e Roberto de 1979 a 1972 , como já comentei em diversas oportunidades, me acenderam uma luz, que talvez o futuro viesse a residir deste lado do Atlântico. Aqueles anos dourados de Secretariat, Ruffian, Seattle Slew, Affirmed e Spectacular Bis, alertaram-se que eu não estava enganado. Porém, foi tão somente em 1984, quando da disputa em Aqueduct da primeira disputa de uma Breeders Cup que assisti in loco, que realmente decidi que meu destino seria os Estados Unidos.
Foi uma tarde inesquecível, sete provas milionárias: as Juveniles, a Sprint, o Distaff e a Classic no dirt e a Turf e a Mile na grama. Em 1987 iniciei meu processo de mudança. Em 1999, com todo o meu processo de mudança estabilização profissional, já sedimentado, participei do grupo que estudou a possibilidade da instituição de uma oitava prova, que seria disputada na pista de grama que atraíssem as éguas de meio fundo e clássicas europeias. Foi dai que nasceu a Filly and Mare.
E eu acho que a coisa deveria ter parado por ai. Mas o norte-americano está sempre de olhos naquilo que possa lhe trazer mais lucro, e uma serie de provas que considero de valor algum, foram trazidas ao festival, inclusive uma de alto fundo, chamada de maratona, que ao invés de atrair os cavalos das Cups britânicas, acabou atraindo os sul-americanos. E a prova foi retirada do cardápio oficial do Festival principal.
Este ano a Sprint e a Juvenille me parecem carecer de qualquer qualidade que a mantenha, nos mesmos moldes qualitativos, das citadas como de minha preferência. E isto porque, primeiramente a turma de dois anos aqui nos Estados Unidos, entre os machos, é devedora e "segundamente" com a saída de cena de Echo Zulu, a velocidade parece que vai cair inevitavelmente nas patas de outro Gun Runner: Gunite.. Que é bom cavalo, mas nada que possa fazer passar por um diferenciado.
Dificilmente opino, em carreiras que exijam apenas velocidade. As respeito, mas normalmente as ignoro. O mesmo acontece com as acima dos 2,500 metros. E novamente raciocínio da mesma forma, que mesmo estando Elite Power se retirando das pistas, E Gunité não passando de um honesto corredor, que mais vale um Curlin e um Gun Runner, nas mãos do que muitos outros voando por ai...