Não importa. Já foi-se o tempo de ler e parar para pensar no que foi lido. Para muitos a internet é chance que tem de ser ouvido e isto é o que conta. Minutos passaram a ser importantes, porque então perde-los para simplesmente pensar no que aquele que escreveu quiz dizer com aquilo?
Nunca me vi envolvido em problemas assim, como a necessidade de valer meu ponto de vista, talvez por ter tido a graça de sempre encontrar um espaço para expressar aquilo que penso. Da Hippus a Turfe e Fomento. Do Coruja a Revista do Jockey Club. Da Owners and Breeders ao Daily Racing Form. Da Palermo Blanca ao Jornal do Turfe. Enfim, em todos estes lugares a meu tempo expressei o que queria, muitas vezes tendo que ouvir o que não queria. Mas isto vem embutido no pacote daquele que torna publico, sua linha de pensamento.
Cheguei ainda muito cedo a conclusão que se a galinha cacareja, o pinto pia, o pombo arrulha, o pato grasna, o papagaio palra, e a abelha zumbe, nem todo ser que tem asas, voa. São necessários outros atributos para consegui-lo. Então para que coloca-los no mesmo saco? Para que trata-los de uma forma comum?
Lembro que da mesma forma que uma anta diz que foi golpe e o burro confirma, existirá sempre alguém a discordar do fato, quando fatos deveriam cerrar com discussões, pois, se tratam evidências que tendem a gerar concordância. Mas infelizmente não é mais assim que a banda toca.
Trabalho com números, que corroboram os fatos, fatos estes que penso serem os mais importantes balizadores de nossa atividade: as provas de grupo. Se umas podem ser mais difíceis de serem conquistadas, que outras, paciência, isto faz parte do contexto e quando no final da temporada chega-se a um total perto dos 2,500 individuais ganhadores de grupo em 33 centros de corridas não mundo, a amostragem na verdade, apresenta um percentual muito baixo de aberrações. E o todo acaba justificando o meio.
O que vale esta informação, quando se trabalha com um individuo, criando-o ou o possuindo? As vezes nada. Porém, estes números lhe propiciam de pelo menos ter uma direção. Um rumo. Um objetivo. Ou quem sabe, pelo menos uma diretriz. Funcionam qual um bússola lhe apontando o norte, que no turfe, é um só: ganhar.
Passamos do tempo do naufrago, retratado na abertura desta nota. Mas não atingimos ainda o estágio de perfeição que muitos parecem pensar ter atingido, como conhecedores profundos dos meandros da internet. O turfe brasileiro tem suas próprias características e sobrevive não apenas daquele que compra, mas principalmente daquele que reserva para si o que cria e assim propicia a possibilidade da feitura dos programas. Haras como o Figueira do Lago, Anderson, Doce Vale, o Rio Iguassu, para se citar apenas quatro dos mais importantes, certamente ajudam em muito nossa atividade, pois sem cavalos, não haverá show, e sem show não haverá publico. E com o importante detalhe, que ganham importantes carreiras, também.
Nem todo sonhador, sonha com o Arco. Em toda cena haverá a necessidade da participação de todos, pois, só estes que poderão fazer a diferença.
Logo existe espaço para todos, e repito TODOS, merecem a minha consideração, meu fraterno e diário, bom dia e O sincero agradecimento - seja ele patrocinador ou mero leitor - de mais um ano de labuta aqui neste blog, pois continuamos apanhando e resistindo, todo este tempo.