SIMILITUDES CONSTRANGEDORAS
Senhores, vos garanto que dá muito trabalho se montar um blog diário, principalmente um que versa, apenas sobre um assunto, o turfe. Evidentemente, se houver da parte de quem o monta, um compromisso com a seriedade e não com jogar a conversa fora. Se no Ninho do Albatroz, houvesse uma secção destinada a fofoca para todo e qualquer tipo de leitor, o meu modesto número médio diário de cinco digitos de audiência, seria naturalmente maior. Talvez três ou quatro vezes mais. Não importa, pois, isto não me serviria aos propósitos que tracei para ele. Seria mais um portador da fofoca alheia. Estaria eu exagerando? Desculpem, mas não.
O que tem de blog e facebook da vida dando opiniões no turfe brasileiro, não está escrito. Ai aqueles caras que não conseguem ser ouvidos, primeiro por que pouco ou nada tem a dizer e segundo pois, não tem um curriculum, que possa lhes dar a respeitabilidade necessária. Sinto afirmar, mas existe uma gama altamente significativa de turfistas que amam e vivem da fofoca. Para eles o que menos importa é o cavalo de corrida. Vivem do disse, me disse. Da encarnação sem perspectiva alguma. Da critica nada construtiva elaborada pela vaidade de ter, mas não poder. Da tentativa de denegrir o sucesso ou apontar de dedo em riste o fracasso de outros. E ainda existem aqueles outros que se utilizam constantemente do espaço alheio, pois, é menos pesado do que pendurar uma melancia no pescoço e andar por Cidade Jardim ou Gávea, de forma a ser notado. E creiam, estes são na verdade os principais entraves para que esta atividade não cresça da forma que deveria crescer. Eximir-se do foco e partir para a frivolidade, neste mercado, é o primeiro passo em direção ao cadafalso. Ademais, pior que o boato, apenas a fofoca. E pior que ambas, apenas a mentira. Este é o mico abismal! Pois, na grande maioria das vezes, o cavalo o desmente em pista.
Confesso que estava certo aquele que um dia, me acusou de ser um poeta. A modernidade não aceita mais estes exageros no tocante a sérias condutas profissionais. A modernidade atesta que você deve dançar conforme a música e o escândalo da Petrobrás é um exemplo maior disto. Não pagou, não participa. Lei instituída no Brasil antes mesmo da chegada de Don Juan VI e modernizada e institucionalizada de pelo PT. Todos tem culpa, corruptos, corruptores e intermediários. Outrossim, seriam os empreiteiros - acusados de corruptores - os maiores responsáveis? Ou seriam aqueles que detinham o poder da decisão das licitações os que realmente deveriam pagar o pato maior? Mas na verdade como o acontecido no Mensalão, não são os corruptíveis - vistos no Brasil como politico e altos funcionários colocados em seus cargos por estes mesmos políticos - os que tem que ficar nas masmorras da Policia Federal. Para estas, foram destinados aqueles que pagaram para poder trabalhar e furtaram, para que não só eles ganhassem aquele famoso por fora. Culpados são, mas diria não serem os únicos.
Seriam a s coisas em nosso turfe distintas?
Não sei, mas muitas das importações que vejo serem feitas cheiram qual fim de feira. Provas? Nunca haverão, a não ser que hajam inquéritos. E eu que sou contra boatos e fofocas, prefiro me alijar desta discussão, já que nem a fibra nem a perseverança, tenho mais. Faço apenas meu feijão com arroz.Vou aos leilões, seleciono aquilo que acho que serve para meus clientes e quando consigo algo adquirir, na maioria das vezes esta aquisição cheira a preço de mercado. Não ao de final de feira.
Nem todos os agentes contam com a confiança de poder escolher um elemento para a corrida, ou uma égua de cria para a reprodução. Deve haver uma razão. Mas qualquer que seja esta, a verdade é que ficam barrados do baile. Mas a chave de todo o processo, que na verdade sempre foi e sempre será o reprodutor, é invariávelmente o mercado que mais atrai a estes chamados barrados do baile. Não lhes parece uma incongruência? Ainda mais, que imediatamente um clube de exportadores de reprodutores, imediatamente assume o papel de serem os únicos fornecedores. Isto não lhe parece o mesmo processo endêmico levado a efeito de 2004 para cá, na Petrobrás? Para mim as similitudes são constrangedoras.
Comentei que os cinco mais importantes processos de shuttle para o Brasil, - evidentemente que em minha opinião - foram Royal Academy, Elusive Quality, Northern Afleet, Roy e Spend a Buck. Três deles trazidos de forma pessoal e dois em processos mais convencionais de montagem de sindicatos. Todos, com elementos que ganharam suas mais importantes carreiras nos Estados Unidos, o que de alguma forma cria um pattern. Estariamos seguindo este pattern?
EVIDENTEMENTE QUE NÃO,
POIS, O PROCESSO É O DE LISTAS.
A PERGUNTA É SIMPLES
O QUE O GRUPO A E O B
NÃO CONSEGUIRAM LEVAR
PARA EXPLORAR NA AUSTRÁLIA?
SOLUÇÃO: LIGUEM PARA O BRASIL.
Pode funcionar? Evidentemente que sim. Outrossim em menor escala do que se você for lá e escolher exatamente aquilo que lhe possa servir, independentemente de quem o vai fornecer. Todavia, uma coisa vocês podem acreditar: especializar-se na aquisição de reprodutores de listas, é mais fácil, muito mais rápido e ainda por cima muito mais lucrativo do que se adquirir a uma ganhadora do OSAF ou a mãe de um ganhador do Derby. Mas vamos a o Preakness.
Você acredita, use escrevi este texto há nove anos atrás, indo para o Brasil inspecionar cavalos?
Porque parece um teto ainda atual? Porque as coisas não fluem no Brasil. Mudam-se as pessoas mas hábitos são mantidos.
Eu era assim, pois, nem cabelos brancos tinha...