Tento limitar minhas impressões politicas e futebolísticas ao espaço limitado de meu bom dia. Quem não quiser ler, vire a página e procure pelo o que melhor o possa interessar. Simples assim.
Mas o que não me dou ao direito é responder sobre estas impressões no espaço do blog, pois, quem aqui vem tem normalmente apenas um intuito e não gostaria de afugenta-las.
Mas, tenho que fazer uma exceção, pois, um navegante me perguntou se com o meu comentário do bom dia, acreditava mesmo que o Dorival Junior era tão melhor que o Fernando Diniz? Pois bem, acho que não. Verdadeiramente penso que o que os difere, é o senso de perigo. O senso do perigo, é um instintos que até os animais tem, quando se aproximam de um penhasco. O 7x1 contra a Alemanha, foi uma total ausência do Felipão, em relação ao senso de perigo. O ataque argentino aos ingleses, no problema das Ilhas Falkland, ou Malvinas, foi outra falta de sensibilidade em relação ao perigo. Enfim, existirão n exemplos que podem ser dados.
Fui com cavalos brasileiros, disputar provas consideradas até então impossíveis de serem conquistadas por cavalos de tão poca genética, como de cavalos brasileiros. E seja na Dubai Cup, no King George, no Santa Anita Handicap e mesmo no Arco, não paguei mico. Isto é ter a perfeita noção do perigo. Medir as possibilidades e tentar apenas jogar, quando as mesmas não lhe sejam tão desfavoráveis. Comigo funcionou o respeito para com o adversário. Para o Felipão, não.
O Diniz se achou no mesmo patamar que o Guardiola, e quatro foi até pouco na final do mundial de clubes. O Dorival se precaveu em Wembley e até conseguiu algo que todos duvidavam que poderia acontecer. Coisas da vida.
Mas voltando ao que realmente interessa, tanto o hipódromo da Gavea, quanto o de Cidade Jardim, quando construídos, eram parte de um turfe que crescia, e assim foram levantados, em obras majestosas. Hoje vê-los vazios e só em dias de grande festas, parcialmente cheios, me dá tremenda tristeza, pois, ainda os peguei apinhados de gente, com projetos de trânsito para chegar até eles e com gente subindo pelas paredesnas sociais, como largarias profissionais. Temos que ser arrojados, mas ao mesmo tempo ter noção exata do que iremos enfrentar.
Porque, o turfe brasileiro perdeu-se no tempo e no espaço? Confesso que não sei. O futebol ainda consegue atrair multidões e o turfe, que um dia foi maior, não mais. Como resgatar este interesse do publico?
Nossa produção decaiu. Éguas se foram e hoje - segundo números oficiais - produzimos em 2023 a apenas 1677 produtos a serem registrados. Uma queda que vem se verificando, paulatinamente, ano após ano. Mas segundo outros números que recebi, não é apenas no Brasil, onde a queda é de 6%, em relação a 2019, que esta produção vem decaindo. Nestes últimos cinco anos, caiu 21% no Chile, 26,5% no Peru e 17,9% no Uruguai. Apenas na Argentina houve um pequeno acrescimo. Logo, a população de Thoroughbreds de nosso continente, está cada dia menor.
Será o inicio do fim da América do Sul, no circuito mundial?
Aquela que deveria ser uma das provas de maior significado no continente, o Grande Premio Associacion Latino Americana, cada vez comparece com elementos de menor padrão, ao contrário de seu inicio, em 1981, onde o melhor que havia no continente se encontrou em Maronas, fazendo da vitória do brasileiro Dark Brown algo importante. Por cerca de uma década e meia, manteve-se, o alto padrão de seus participantes, contudo, com o tempo foi caindo de importância.
Hoje oo Pellegrini pode ser ainda considerado um embate continental. Ninguém mais estrangeiro comparece aos Grande Prêmios Brasil ou São Paulo, a não ser parelheiros nacionais.
Volto a perguntar: Será o inicio do fim da América do Sul, no circuito mundial?