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segunda-feira, 24 de junho de 2024

A COLUNA DA SEGUNDA FEIRA

 

Abaixo o etarismo em tempos de GP Brasil!

Sento-me para escrever a coluna na tarde de domingo enquanto acompanho a entrada dos animais para disputa do terceiro páreo de hoje na Gávea. O título provocativo é de responsabilidade da patroa e traz para o debate a questão dos animais mais velhos nas carreiras de cavalos. 

Após a entrevista com o presidente Raul Lima na semana passada, um ponto sobre a idade dos animais nos chamou atenção: a ideia de focar em animais de qualidade que corram até os 4 anos de idade hípica. Com a minha experiência de vida e convivência com o turfe internacional, posso afirmar que boa parte da programação comum e determinados nichos em provas clássicas são dominados por animais mais velhos e muitas vezes castrados. Como exemplo vou citar a disputa do Queen Elizabeth II Jubilee Stakes no sábado em Ascot. Dos quatorze inscritos, 7 animais tinham 5 ou mais anos, entre os machos de qualquer idade encontrei apenas dois animais inteiros. O vencedor foi KHAADEM, um castrado de 8 anos que se tornou bicampeão da prova e havia sido penúltimo em uma prova de grupo 2 em sua mais recente atuação. Espantoso? Talvez, contudo, são coisas que acontecem no turfe mundial. 

Sinto no Brasil uma dificuldade cultural de misturarmos cavalos de diversas idades. Existe até uma certa incompreensão sobre o sistema de cargas e sobrecargas que as disputas de handicaps proporcionam. Vejam, senti no presidente um discurso muito positivo e entusiasmado. Sei que o encaminhamento dos problemas do turfe brasileiro não é fácil e nem que a solução virá com uma única panaceia. Porém, venho aqui apenas sugerir uma reflexão a todos os envolvidos no turfe brasileiro para não abandonarem os nossos “velhinhos”, que podem gerar uma população de animais disponíveis para corrida bem razoável e se bem cuidados, também podem bater seus irmãos mais novos em competições de alto nível, como vemos acontecer no Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia e tantas outras jurisdições de turfe!

Falando um pouco sobre o festival de Royal Ascot, disputas muito bonitas, o tempo colaborou e tivemos o nosso Silvestre de Sousa abrindo os trabalhos com vitória de G1 logo na primeira disputa. Posso destacar que as bolsas, apesar de expressivas para nós aqui no Brasil, em termos de competição mundial não são tão atraentes assim. As oito provas de G1 distribuíram um total de US$ 6,4 milhões em prêmios, ou seja, em média US$ 800.000 de bolsa. O turfe britânico não vive seus melhores momentos em termos de popularidade e premiação e existem muitas discussões sobre o que fazer para melhorar a situação. Para nós termos uma ideia dos problemas, o Derby de Epsom foi considerado um fracasso publicitário, a líder da BHA (órgão regulador das carreiras) anunciou sua saída ao fim do ano e por último a Qipco anunciou que deixará de patrocinar o Guineas Festival e o King George. Sinal de alerta no ar!

No campo dos grandes proprietários mundiais, destaco que a Godolphin teve um desempenho apagado com apenas uma vitória comum em 11 animais inscritos. Chama a atenção a pouca presença de animais da farda azul nos programas. A Wathnan Racing, que pertence ao Emir do Catar, inscreveu 28 animais e obteve 4 vitórias, além de várias colocações. Olho na farda celeste e mangas ouro. O Emir está comprando tudo que vê pela frente! Pelos lados irlandeses, o mago Aidan O’Brien atingiu uma marca expressiva de 400 vitórias de G1 e inscreveu 39 animais, para conseguir 6 vitórias e mais um título entre os treinadores do festival. Ele continua reescrevendo todos os livros de recordes. Entre os grandes nomes, vale destacar que Sua Alteza Aga Khan teve três animais oriundos da França que defenderam sua farda verde com ombros encarnados e CALANDAGAN, que conseguiu anotar uma vitória em prova de G2 no King Edward VII Stakes. Não é nada, não é nada, e Sua Alteza já venceu dois Classics no ano e marcou presença em Royal Ascot, apesar de na atualidade não ter um volume de investimentos para competir com as grandes operações globais com Coolmore, Godolphin e da família Al Thani do Catar.

Voltando aqui para o nosso festival do GP Brasil, resolvi escrever mais cedo devido às excelentes disputas que tivemos no sábado. Dois páreos do mais alto gabarito foram disputados neste dia. Na prova de éguas tivemos uma excelente disputa entre RENNES, que chegou finalmente à sua primeira vitória de G1, em uma direção magistral do José Aparecido. A favorita Orla de Ipanema correu tudo que sabe mas deixou um gosto amargo para o meu xará Valdinei Gil. Uma derrota dolorida, mas que faz parte do esporte. Lembrando que tanto Magnific Princess como Bloody Mary correram muito bem e deixando como única falta sentida a campeã paulista Champagne Rosé.Tivemos o melhor entre as éguas na disputa.

A forra para a equipe do Stud H&R veio uma hora depois em um páreo eletrizante, que consagrou o bicampeonato de MANDRAKE. O páreo, como não poderia deixar de ser, foi muito veloz e definido por dois animais que correram mais acomodados e que demonstraram muita classe no quilômetro gramado. O grandalhão Legender voava no final e fez o filho do eterno Tiger Heart contar com a chegada do disco para aparar sua atropelada. Infelizmente, o GP na milha ficou bem esvaziado: Quisar fez forfait, Oceano Azul na reprodução e a perda trágica do Monanfan deixaram o tapete pronto para o líder London Moon dominar. Quanto ao GP Brasil temos um campo no mesmo nível das provas de sábado, com os melhores 3 anos, a campeã do GP São Paulo, Kenlova, e os melhores animais mais velhos. Vamos acompanhar as carreiras e ver quem vencerá essa batalha. Fico por aqui nesta semana, convidando todos para a live desta noite onde conversaremos em detalhes sobre todas as provas.

Abraços.
Baronius