Hoje é o inicio da semana máxima que antecede de nossa festa máxima e estará adornada Poor vários leilões ide inéditos. Como sempre, apenas acompanhada por umas centenas de abnegados, num pais de centenas de milhões de habitantes. É triste, mas real...
Faz alguns minutos, que um navegante via Email me arguiu da importância de nosso turfe nos estados brasileiros, e eu imediatamente respondi que pouca e depois pensando melhor, cheguei conclusões piores, que aproveitando o ensejo, aqui explico a seguir, o porque.
O Estadão publicou uma vez que haviam 53 facções criminosas no Brasil. Os estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Piauí, são dominados pela PCC, sigla usada para o Primeiro Comando da Capital, considerada a de maior influência. Já o Mato Grosso tem como facção criminosa dominante ao CV, o chamado Comando Vermelho. As outras 23 unidades de nossa federação, são mais "democráticas", cabendo lugar a mais de um facção lutando por sua supremacia. No Rio de Janeiro, por exemplo, além das milícias, as participações do CV, Amigos dos Amigos, e Terceiro Comando Puro, são facilmente detectadas. A Bahia, para variar lidera o ranking com pelo menos sete facções publicamente reconhecidas, mas que fecham para almoço, como tudo lá, até restaurante... Logo, é bandido para ninguém colocar defeito.
Para se ter uma idéia de grandeza, o PCC é maior que a torcida do Botafogo, certamente contando com hoje mais de 30.000 "membros" espalhados em 22 estados da federação. Diria que 8,000 apenas em São Paulo. O CV, tem sua força concentrada do Rio de Janeiro, principalmente nos morros cariocas, onde apenas um, - hoje ministro de nossa corte de justiça maior - é bem recebido. Mas deixemos de lado maiores elocubrações e vamos ao que realmente interessa.
Elas de alguma forma afetam nosso turfe? Não sei. Aparentemente não mais, o que prova a nenhuma importância que temos no contexto. Logo ao navegante que perguntou, refraseio minha resposta: NENHUMA ! Sim, nenhuma é nossa participação no contexto.
Contrariamente ao futebol, somos um zero a esquerda, e talvez por isto não tenhamos uma maior interferência das facções criminosas em nossa atividade. O que por um certo sentido, é bom, pois, jogo em cavalos de corrida requer transparência, para se angariar crédito e consequentemente atrair apostas. Mas até na Chicago de Capone, oo turfe norte-americano progrediu. O que está errado em nosso turfe?
PCC e CV, convivem, e apenas em dois estados da união o CV funciona sem a presença da facção rival. Enquanto o PCC conta com a ausência do CV em nada menos que 13 estados. Acredito que isto defina a diferença de importância entre as duas facções, nos dias de hoje.
Volto a repetir, a não gerência aparente das facções criminosas em nosso turfe, parece ser um dos poucos fatos produtivos que temos a nosso favor. Porque então não evoluímos? Organização.
Não nos falta competência, mas ainda carecemos de organização, foco e objetividade. Estes são os três fatores principais da estagnação de nossa atividade. Como reverter a situação? Não sei, pois, não tenho as respostas. Mas chego a pensar qual um petista, que a inexistência de um facção criminosa em nosso turfe, poderia ser a razão de seu insucesso perante a população.
Não seria o jogo melhor gerido por profissionais, mesmo que marginais? Simples assim.