Verdades são feitas para ser ditas, custe o que custar. Eu por exemplo, tenho pena de quem não tem pena do que estão fazendo com o turfe brasileiro. Pois sei, de antemão, onde isto vai nos levar. Sei por experiência que apenas apiedar-se de uma situação, evidente que não resolve a mesma, mas atenua pelo menos a dita situação. Mas algo tem que ser feito para ontem !
Vamos começar do inicio: genética. Sempre tivemos problemas de se importar genética de primeira linha. Problema este amenizado com os despojos da II Guerra Mundial, que parte deles - diria que uma fração ínfima - acabou sendo transferido pera o Brasil, Afinal de contas quem foram os realmente importantes filhos de Nearco e Hyperion que conseguimos trazer antes da guerra e depois? Desculpe a franqueza: NENHUM !!!
E passado o tempo de Nasrullah, Bold Ruler, Northern Dancer, Sadler´s Wells, Storm Cat, Danzig e outros chefes de raça mais contemporâneos? NENHUM !!! Guardadas as de vidas proporções, algo menos ruim trouxemos de Mr. Prospector. Fora isto nosso sucesso foi com filhos de Wild Risk, Lyphard, Sassafras, I Say, Wild Again, Private Account, Honour and Glory, Hernando e otras coisitas mas...
Agora pergunto a quem se dignar a pesquisar, quais filhos destes, vingaram no chamado primeiro mundo do turfe? E assim mesmo dentro deste padrão, tendo que trabalhar e convir com estas inconveniências genéticas fomos capazes de gerar dezenas de ganhadores de grupo no hemisfério norte.
O que fizeram, Moreira, Sylvestre, Ricardo e Leandro, para se citar apenas quatro evidencia? Apenas sugere que não está em nossos jockeys, o real problema, assim como nos treinadores, basta ver o sucesso de Paulo Lobo e do José Aranha, em centros mais desenvolvidos, para igualmente se eximir do item treinamento.
Agora se listarmos aqueles que considero os 15 animais brasileiros de melhor desempenho no exterior, notaremos que apenas dois, possuem três mães brasileiras.O que em outras palavras quer dizer que 87% do que melhor produzimos, tem ingerência direta em sua linha materna de éguas importadas a Argentina, ao Canadá, aos Estados Unidos, a França, a Inglaterra, e ao Uruguai. Foram gerados em 13 diferentes estabelecimentos de cria. O que sugere? Nossa total dependência de importação de genética de primeiro mundo.
Logo, a falta da importação de éguas me parece ser o X de nosso problema. Sei que falo em defesa própria, mas me provem, depois de ver a tabela que se segue, que existe exagero em minha narrativas.
Group 1 winner | MÃE | AVÓ | BISAVÓ | |
EINSTEIN | GAY CHARM | VIRGA | MERRY SUNSHINE (GB) | Mondesir |
HARD BUCK | SOCIAL SECRET (GB) | Old Friends | ||
PICO CENTRAL | SHEILA PURPLE | ECOUTE | MYSTERE (ARG) | Fronteira |
SIPHON | EBREA | RESELÁ | ERIDAN | Sao Jose e Expedictus |
SANDPIT | SAND DANCER (FR) | São José da Serra | ||
RIBOLETTA | JOY VALLEY | BELLE VALLEY | MY VALLEY (FR) | Santa Ana do Rio Grande |
REDATTORE | POOLITICAL INTRIGUE (CAN) | Santa Ana do Rio Grande | ||
BAL A BALI | IN MY SIDE | BY MY SIDE (USA) | Santa Maria de Araras | |
IMMENSITY | MONYAGUA (URU) | Ponta Porã | ||
LEROIDESANIMAUX | DISSEMBLE (GB) | Bagé do Sul | ||
DUPLEX | DULCE | DULCINE | DUTY (ARG) | Roberto Grimaldi Seabra |
VIRGINIE | MISTY MOON | FASHION DANCER (USA) | Sao Jose e Expedictus | |
MUCH BETTER | CHARMNG DOLL | PINTORA | GRACIOSA | J. B. Barros |
GLORIA DE CAMPEÃO | AUDACITY | ORIENT GIRL (ARG) | Santarem | |
IVAR | MAY BE NOW (USA) | Rio Dois Irmãos |
Convencidos?