Antes de definitivamente entrarmos no âmago da questão, gostaria de deixar bastante claro, que qualquer ato é mais louvável que a inércia de nada se fazer, quando a vaca está indo definitivamente para o brejo. Logo, a critica, de minha parte, terá sempre o teor construtivo.
Náo tenho dúvidas que o Antônio Quintella agiu corretamente ao aumentar de forma significativa a taxa de exportação de éguas para o Uruguai. Estancou a sangria. Vejam que hoje, o pequeno pais irmão nos ultrapassa no número de nascimentos. O que me parece ser um tremendo despropósito, principalmente se levarmos em consideração a abissal diferença entre as populações humanas destes dois países. Imaginem, se nada tivesse sido feito...
Foi aventada em nossas live do dia 17 último, a de número 116, pelo próprio presidente de nossa instituição - hoje a mais importante em atividade - que será criado um bônus especial, para aqueles criadores-proprietários que estrearem seus cavalos n hipódromo da Gávea, estando os mesmos previamente alojados por no mínimo 60 dias no hipódromo ou nos centros de treinamento aceitos pelo Jockey Club Brasileiro. Medida que visa atrair, mais cavalos para o hipódromo da Gavea. E naturalmente irá atrair. Mas será que irá privilegiar aos que mais necessitam?
Não sou contra querer atrair mais cavalos para a Gávea, mesmo tendo plena consciência que o cobertor é curto e isto irá fatalmente prejudicar, algo como o Tarumã, de uma forma, quase que direta. E afetando o Tarumã, consequentemente Cidade Jardim, será igualmente afetada. este hipódromo em maior escala.
É um direito da militância do hipódromo da Gávea, fazê-lo. Afinal na luta pela sobrevivência, é sábio utilizar-se de todas as armas, antes do brado definitivo do salve-se quem puder ! Logo, a Gávea, está isenta de culpa. Porém, acredito que tudo que vá contra a cadeia de produção de uma atividade, tende a nadar e morrer na praia. Explico-me.
A cadeia de produção de nossa atividade, reconhecida como o Turfe, está composta por hipódromo, criador, proprietário, profissional e cavalo de corrida. Existe um elo que as mantém viva e unida afim de um bem comum, as corridas. Assim sendo tentar privilegiar apenas um elo da corrente ou dois associados entre si, me parece contraproducente. Principalmente se 75% de nossa produção vai para as mãos de outros, os proprietários e dos 25% que restam, grande parte fica sobre o domínio de grandes potentados como o Araras, o Figueira do Lago, o Embalagem, o Doce Vale, o H e R, o Dois Irmãos e ai vai, que reservam grande parte de sua produção, ou mesmo toda ela. Logo, não vejo o pequeno criador - aquele com menos de uma dúzia de éguas - privilegiado, como é defendido pelos atuais mentores da ideia.
E volto a repetir que qualquer medida, é melhor que a inércia, e creio que a atual gestão das diretoria do hipódromo da Gávea tenha que ser vista como inovadora em todos os aspectos. O Raul, nosso presidente, tenta de todas as formas, melhorar as condições de vida do turfe carioca. Apenas discordo em parte desta idéia, achando, que o simples e natural aumento de prêmios, para os dois e três anos, funcionaria de uma maneira mais efetiva e rápida. E não incorreria no perigo de estar prejudicando co-irmãos.
Aumentando os prêmios, automaticamente aumentará o interesse do proprietários. Pode ser que aumente nossa cavalada até chegar ao propósito da medida: aumentar o número de páreos e consequentemente uma possível melhoria no aMGA. Simples assim.
Sei que haverão réplicas e tréplicas. Espero pacientemente pelas mesmas.