Qualquer catador de guimba da Praça Mauá, é capaz de notar que o negócio da Coolmore é a reprodução. É ali que ela faz seu dinheiro, sindicalizando e vendendo serviços. A pista para eles, é apenas para determinar o destino de cada um de seus pupilos. Isto se chama foco. Simples assim.
Corrido o Epsom Derby e a triplice coroa norte-americana, é hora de se repaginar. Determinar o curso de cada campanha, nos quatro cantos do mundo, passa a ser o passo seguinte. E estes passos acabam de serem dados.
Quando o caso é um matungo, a coisa se torna simples: desvencilhe-se do mesmo. Mas quanto maior for o gabarito do cavalo em questão, mais complicada se tornar a solução. Por exemplo, o que fazer com City of Troy, seguir o caminho King George e Arco, ou baixar para o meio fundo, com Eclipse, Juddemont Internacional, Champions e quem sabe até a Classic, do outro lado do Atlântico. E deixar para Los Angeles a faina da milha e meia com o Irish Derby, King George e Arco.
Está na cara que a Sierra Leona, deve seguir a trilha Travers e culminar na Classic. Então o que fazer com Auguste Rodin? Royal Ascot, King George e Arco?
Nos brasileiros não temos opção. Temos que ir naquilo que pintar, independentemente de onde, quando e qual seja a distância. Exercermos o conflito do efeito sanfona. Nosso calendário é pobre e está cada vez mais difícil se adequar custo de manutenção e lucro em prêmios. Duas tríplices coroas me parece algo abominável. Nossa única opção para se ressarcir dos gastos, e a exportação de nosso produto.
Não deveríamos adequar no calendário, tornando-o único e exatamente focado nesta direção? Que evidentemente não será a milha e meia, principalmente na grama. Vejam aqueles dois, que mais resultados tem trazido para nós, no hemisfério norte.