"De bem intencionados o inferno estás cheio" ! Era uma das frases preferidas pela objetiva senhora, que respondia pela alcunha de Adelina, quando queria justificar que boas idéias não colocadas em prática, não encheriam barrigas...
O que fazer com Bien Sureno e Ushuaia Ibiza, dois grandes milheiros? Doá-los? E com Onlime e Olympic Kremlin? Vendê-los para o nordeste?
Estou sendo repetitivo, porque o assunto assim o exige. Aliás, não sai de minha cabeça.
Vejam bem, você tem a sorte de tirar um destes acima citados, se encarrega de gastar seu dinheiro para manter-los no mais alto padrão competitivo e no final, o que fazer com eles? 99% serem rejeitados como reprodutores em nosso mercado. Este, infelizmente é o retrato do turfe brasileiro. Onde as chances do alguém tem que ganhar cada dia se tornam mais evidentes. Principalmente aqueles com pedigrees bonitos, mesmo que em pista provaram não passar ser, ovelhas negras. Os Neros, os Caligula...
Não exportou, sobra. Lei de nosso turfe ! E olha que estamos numa maré inédita de aproveitamento do garanhão nacional. Mas até quando esta maré se manterá viva? Basta o primeiro dos prestigiados falhar, e teremos a volta de velha ladainha.
Neste último festival tivemos a felicidade dos seis vencedores das provas principais, serem elementos conceituados. O alguém tem que ganhar, momentaneamente foi afastado. Ganharam aqueles que melhor se apresentaram, e com exceção de Orla de Ipanema, aqueles que deveriam ganhar. Mas teremos isto acontecendo nos próximos eventos? E volto a perguntar, o que fazer com Bien Sureno e Ushuaia Ibiza, dois grandes milheiros? Doá-los? E com Online e Olympic Kremlin? Vendê-los para o nordeste?
Castrá-los ?
Alguém, com muita propriedade uma vez disse: "pobre da nação que não valoriza seus ídolos". Pois bem, tufisticamente, assim somos. O craque brasileiro é descartável. Simples assim.
Temos nossas manias. E as nossas são tão exdrúxulas que viram até cacoetes. Como a de ter passado por 12 diferentes moedas, do mil reis ao Real, a de fazer o L, a de aplaudir a Anita, a de torcer para o Vasco, a de ouvir o Felipe Neto e a de achar que as coisas irão se resolver sem que nada seja preciso fazer. Ledo engano.