Vocês sabem por que acredito que o turfe é mais factível que o futebol em termos de uma constância? Porque, na última instância é um irracional que resolve a questão: o cavalo.
No futebol, você esta tentando lutar pela liderança, e empata com o Corinthians, e o técnico pede demissão. E aquele que dirigia o lanterninha da competição, é demitido pela manhã e assume antes da hora do almoço, aquele mesmo time que luta pela liderança, empatou com o Corinthians e perdeu seu treinador na véspera. Vá dormir com um barulho destes. E o time que lidera o. campeonato continua sendo o mais esfacelado do grupo.
Ethereum e Oryx, confirmaram suas lideranças. Enfrentaram adversários e provaram serem melhores que eles. Simples assim. No futebol existem complicações, dirigentes e o pior de tudo jogadores, muitos deles sem formação alguma, mas que de um dia para outro, são tratados como divindades.
Entenderam ou vou ter que desenhar ?
Volto a repetir, o que mais me encantou neste festival último do Grande Prêmio Brasil, foi que nas seis provas principais, os que ganharam o fizeram por merecer. Outro ponto límpido para mim, é que o Tarumã passou a ser o melhor lugar para se treinar cavalos de corrida e ganhar, aonde quer que seja. Isto não é uma opinião. Isto é um fato !
Agora a obrigação de todo turfista que se preze, é tentar saber o porque. Clima? Ambiente? Profissionais? Pista? Creio, que o mais simples é aceitar que possa ser um conjunto de tudo.
E imaginar que anos atrás o hipódromo do Tarumã, perdeu sua carta patente, por improbidade de uma diretoria inepta e corrupta. Mas nada como um dia depois do outro. Um grupo de criadores unidos, conseguiu dar a volta por cima e trouxe pouco a pouco o nome do Paraná a tona. Ganhar o Brasil, o Jockey Club Brasileiro, quase o Suckow, com elementos lá treinados e ter uma parcela importante de participação como criador da ganhadora do Roberto e Nelson Grimaldi Seabra, simplesmente provam que o Paraná, mesmo sem o investimento genético de Bagé em criação, e do Rio de Janeiro em turfe, demonstra cada dia a mais, saber fazer as coisas, dentro e fora das pistas. Afinal estamos nos reportando a quatro de nossas cinco provas de graduação máxima, deste fim de semana.
Há de se convir ir que para o elemento treinado no Tarumã, é mais complicado se correr na Gávea do que em Cidade Jardim. Mas parece que este obstáculo já foi igualmente solucionado. Logo, penso ser difícil para um criador paranaense que corre seus cavalos, abrir mão de algo que está lhe trazendo tremendos frutos, em prol de uma premiação incerta, se abrir uma sucursal no hipódromo da Gávea, para fazer jus a este bônus.
Clonar seres humanos, não acredito que seja possível. Dividi-los, não me parece uma ação inteligente. Achar um que aja e pense como você, quase que impossível. Assim sendo, qual seria a solução? Apostar no incerto, em detrimento do que está dando certo? Na duvida consultei alguém que tem tido sucesso com estes cavalos sediados no Tarumã, e tem tido sucesso em empreitadas em Cidade Jardim e Gávea. Mauricio Portarolo.
Entenderam ou o Mauricio também terá que desenhar ?