A tartaruga, ou o calango como Cristina os chama, não pode ser considerado um animal bonito, muito menos rápido. Mas deve ter seus predicados. Já o cavalo de corrida, é um animal lindo e veloz. Mas qual seria sua função se não houvessem corridas?
Sabemos de antemão que tudo é uma questão do ângulo adotado por quem vê. Se você perguntar as um colorado quem ele queria ver na segunda divisão, Grêmio ou Fluminense? A resposta imediata seria com certeza o primeiro. Mas se perguntar a um rubro-negro, obteria a resposta nominando exatamente o segundo. E porque não ambos? Concluiria um mais afoito. Pois bem, os dois últimos colocados no campeonato brasileiro amargaram um jogo ridículo, neste último domingo. Num estádio pertencente a terceiros, em cidade pequena e com a audiência digna de um Íbis. Satisfeitos?
É gozado, mas não creio que seja bem por ai. Principalmente no turfe. Não é que com a queda de Cidade Jardim, que a Gávea obterá mais vantagens. O crescimento de ambas intituições é que ajudaria de uma forma decisiva nossa atividade. Logo, o que está se passando entre a prefeitura de São Paulo e o Jockey Club paulistano, é digno de repulsa. Afinal, não creio que ninguém em sã consciência, pode ficar feliz com um desfecho ruim para a instituição paulista.
Analisem os resultados deste último festival. Qual foi o hipódromo que carimbou os passaportes de Obataye e Oryx, para se provarem como se provaram nas provas que ganharam? Esqueçam aonde são treinados, pois os ganhadores "cariocas" também não foram treinados na Gávea. todos vem de centros de treinamento das serras fluminenses.
Bairrismo e nacionalismo não funcionam tendo como base um raciocínio lógico. Serão como água e óleo. Por isto sempre que perguntado, respondo que gostaria de ver Cidade Jardim, forte como conheci. Mais forte até que a Gávea, Por um determinado momento. E pensem bem, nosso turfe não era melhor? Eu por exemplo não acho que haja Internacional sem o Grêmio. O Bahia sem o Vitória. O Atletico sem o Cruzeiro. Lula sem oo Blsonsro. E o que seria do Fla-Flu sem o Flu??? Pensem bastante nisto. Como dimensionar grandes cavalos, sem testa-los convenientemente nos Grandes Prêmios Brasil e São Paulo. Sem o ajuste de contas nos respectivos derbies? Como aquilatar?
E nunca esquecendo que a rixa honesta, cria uma sensação ainda maior. Infelizmente vejo ainda muito bairrismo no trato entre hipódromos. Os cavalos não sabem quem são seus proprietários, a origem de seus pedigrees, muito menos que hipódromo representam. O que interessa a eles é quem os escova e quem os alimenta, seja onde for.
E para quem me afirmou que cavalo de corrida não tinha serventia alguma, para a economia do Estado, pergunto: e o calango?
Desta forma, peço mais respeito para com os problemas que Cidade Jardim, ora passa.