Não me perguntem, quem e qual é o paciente e que cirurgia deverá passar? Mas, inscrito numa clinica particular de alta conceituação, no recibo de quitação mandado para ser pago com antecedência, uma nota sui-generis: "caso a cirurgia não funcione, o dinheiro será restituído, retirados...". Imagino que seja para ajudar no enterro...
Pois é, são frases como estas que me fazem desacreditar mais ainda na humanidade.
Tenho um lema, nada me parece impossível, embora muita coisa na verdade é improvável. No turfe, a improbabilidade é deveras gigantesca, mas mesmo assim, de vez em quando o David atinge com sua funda o Golias.
Thorpedo Anna, é o mais moderno exemplo disto. Nominada em homenagem a uma nadadora de Kentucky, ela foi levada a uma venda honesta, mas de desempenho menor. Afinal quem sonha com uma filha de Fast Ana com as duas primeiras mães que não correram e a terceira que nem chegou a ganhar US$20,000 sequer? Em Fasig-Tipton de Outubro arrumou US$40,000 em meu parecer muito bem arrumados !
Estaria, se inscrita fosse, em Keeneland Setembro, naquela ingrata faixa do catalogo cinco ou seis, e por sorte uma meia dúzia de agentes iriam inspeciona-la. Foi assim com Estrela Monarchos e Sea Girl, sendo eu na época, o único a visita-las. Desta forma a escolha acabou sendo correta.
Neste Travers, - que em minha opinião foi jogado fora com as duas mãos por seu jóckey - ela bateu com sobras, a Sierra Lione, que custou a bagatela de US$ 2,3 milhões em Fasig-Tipton Saratoga. Não seria um video moderno do bíblico episódio de David versus Golias?
Qual a lógica? Não há lógica, meu caro Watson e sim pequenas probabilidades, que no caso, funcionou.
Há campo para quem sai atrás. Um Da Hoss pode ser adquirido por US$6,000 e ganhar duas Breeders Cup Mile. O mesmo pode ser dito da vencedora de dois 25 de Mayos, Sea Girl, que teve apenas um lance de US$1,000. E o que dizer da mãe da Oaks winner paulista Zimbania que custou quando desmamada, US$2,500 ? Todos e repito TODOS adquiridos em Keeneland.
Uma coisa é certa, se a mão ficar no bolso e o dedo nunca levantado, aí mesmo que a coisa não acontece.