Constantemente me pergunto, como é possível que o blog, do Ninho do Albatroz tenha quase o dobro de audiência da live, de mesmo nome, que levamos a efeito toda segunda-feira? E quando o assunto versa, para as canchas retas, esta audiência triplica, atingindo os quatro dígitos.
O que isto lhe sugere? Que o publico das canchas retas, em qualquer evento, que se fale sobre as mesmas, cria um interesse comum a todos.
Porque isto não acontece no turfe? Confesso que pagaria algo para saber.
Nesta última live, tivemos eu, o Marcel e o Gil, o ensejo de trocar idéias em um assunto que tenho sido, até certo ponto, rígido demais. Confesso, mas não mudo de opinião, pois, ela cada vez mais, sedimenta-se na realidade dos fatos. Outrossim, creio que vocês meus navegantes, hão de convir que dar o titulo máximo de uma temporada para um elemento que uma vez só correu nela, um abuso de dimensões dantescas. É o triunfo dos rates, sobre a racionalidade. É no mínimo cruel para com todos seus adversários. E é o que está acontecendo com o Cartier Rewards de 2024 e Laurel River. Ou estou escorregando no quiabo?
O filho de Into Mischief, tem predicados suficientes para o breeding-shed, tais como ser filho de um cavalo que ganhou pela sexta vez, consecutiva, as estatísticas norte-americanas de reprodutores por prêmios ganhos. De sua mãe ser produto de uma configuração de um ineditismo invulgar de "estaminico classicismo estadunidenses", formado por três ganhadores de Belmont Stakes - Empire Maker, Touch Gold e A. P. Indy na mais consagrada das linhas de reprodutores existente no turfe moderno, a mesma de Northern Dancer, Halo, Danehill, Machiavellian, Arctic Tern, Lake Como, L´Emigrant, Cannonade, Stephans Odyssey, a 2-d pelo ramo Almahmoud e ainda por cima ele advir do segmento estabelecido por Coup de Folie - esta sua quinta mãe, duplicada em Almahmoud na razão 3x3.
Abro um pequeno parênteses para lembrar que cometemos o desperdício indefensável com a fraca utilização dada a descendentes da 2-d, que aqui aportaram como Gol Tricolor, Drapeau Tricolore e Burroj. Fecho o parênteses.
Desta forma, não acredito que Laurel River necessita-se do empurrãozinho obtido para a sua valorização para o breeding-shed, aos seis anos de idade, sendo ele um pupilo da Juddmonte Farms, como foi lhe fornecido gratuitamente, pela Cartier. Talvez, por isto tenha me exasperado na live ao afirmar que se ele fosse castrado, dificilmente lhe dariam o titulo máximo da Cartier, igualando-o a alguém como City of Troy, que o fez por merecer em todos os sentidos.
City foi vitima de um movimento arrogante de suas conexões, que imaginaram ser ele capaz de abarcar ambos os títulos, o de North-American Horse of the Year, que fatalmente lhe seria entregue se ele ganhasse a Breeeders Cup Classic, e o Cartier Awards, que como disse mereceu ao vencer não só ao Derby, como igualmente a prova eleita como a melhor da temporada, o Juddmonte International, além do Eclipse stakes. O ineditismo da conquista ficaria lavrado para todo o sempre e dificilmente seria igualado.
Não serei eu a decidir quem tenha sido o melhor cavalo em pista na temporada de 2024. Sei apenas que uma carreira não define absolutamente nada neste patamar de escolhas. Este é o problema do rate, caracterizar uma única situação e, possivelmente, transformar o perfil aptitudinal de toda uma temporada em função de uma apresentação pontual..
City mereceu o titulo a ele conferido, mas creio que nunca dividido, contra alguém, que embora tenha se distinguido na Dubai Cup, só o fez em uma única oportunidade por toda temporada. Um verdadeiro insulto a inteligência humana.