Sempre digo aqui, que não é preciso se jogar do terraço do Empire States, para saber o que seu destino, lhe reserva, lá embaixo no asfalto. Mas existem experiências que devem ser vividas, mesmo tendo plena consciência do que vai se encontrar. O Gil Moss acaba de descobrir a essência do Leblon, uma descoberta a cada esquina. Eu mesmo, anos atrás, fui ver com meus próprios olhos os três derbies da Escandinávia: o Norueguês, o Dinamarquês e o Sueco. terei por acaso mudado o conceito que sempre tive sobre o turfe nesta parte do mundo? Não.
No final dos anos 80, transferi-me para os Estados Unidos. Todavia, não precisamente para Lexington, o centro mundial de nossa atividade. Foi pousar as éguas que selecionei e comprei para clientes, em Kentucky, mas a a meia hora dali, numa cidade chamada, Mt. Steling, numa fazenda de propriedade de uma sueca. Assim sendo, anos depois, foi simples para mim, visitar aSu\ecia, e os países adjacentes, com o auxilio dela e descobrir que a Suécia, por exemplo, não é apenas Bjorn Borg, ABBA e um pais habitado de apenas louros de olhos azuis, que dirigem, Volvos. Trata-se de um pais que ama o cavalo de corrida, só que de outra corrida, o trote. E quando tive a oportunidade de ver os citados Derbies, constatei que mesmo no turfe, ele praticamente trotavam...
A razão de toda esta explicação, deve-se ao fato de alguém, - aquele mesmo que se intrigou com o fato de eu dar tanto valor ao que acontece no turfe da India - voltar a perguntar a validade de se usar vencedores de centros menores em minhas pesquisas. A ele completo que hoje, cavalos argentinos e chilenos, demonstram mais aptidões no turfe norte-americano, que competidores brasileiros. Desta forma cada vez mais, o turfe brasileiro vai se tornando menor aos olhos do mundo, para outros estudiosos e sua genética, mais decadente. Seria hora destes estudiosos abandonarem o Brasil?