Sei tratar-se de uma frescura inominável que em se envolvendo na esfera semântica, a torna ainda maior. Todavia, como o passar dos anos, refina-se a percepção das necessidades egocêntricas e coisas que para muitos nada tem a ver, passam a germinar em volume brutal, para você.
Para mim, existe uma diferença colossal entre uma grande corrida e uma corrida grande. Uma grande corrida, seria como a Jockey Club Gold Cup de 1978 ou mesmo o Charles H. Strub stakes de 1980 e numa lista de corridas grandes poderiam encabeçar as Saudi Arab e as Dubai Cups, pelo volume de dinheiro que trazem em si, e o Arco e o King George pelas suas histórias de ganhadores.
O que o navegante quiz saber quando me pergunta qual foi a corrida maior que assisti em minha vida, creio que ele estivesse interessado em saber sobre a corrida que mais sensibilizou-me como turfista, que na verdade seria uma das duas grandes corridas que citei.
A Jockey Club Gold Cup de 1978, que assisti in loco, levou-me aos prantos, pela forma que Seattle Slew perdeu para Exceller. E dois anos depois o Strub stakes, que vi pela televisão, me fez bater palmas sozinho, para Spectacular Bid num quarto de hotel.
Assistir a dois tríplices coroados norte-americanos estabelecerem parciais de 22.3 e 45.1, para uma carreira designada de 2,000 metros e isto com o ganhador da Coronation Cup, em terceiro a 20 corpos, não é uma coisa simples de ser vista. Bem como presenciar esta distância ser vencida em recorde, dois anos depois, por outro, que deveria ter sido tríplice coroado, mas não o foi por um acidente em treino na semana da corrida e mais ainda pela imperícia de seu jockey, é duro de se esquecer. Principalmente sabedor do fato estar ele dando peso a todos os demais concorrentes.
Vejam as corridas a seguir e facilmente entenderão o porque da minha linha de raciocínio. E antes que me esqueça, frescura é tomar sorvete no inverno do polo norte...