Em meus tempos "inacianos", a construção acadêmica de um aluno eram de quatro anos de primário, um de admissão, quatro de ginásio e três de cientifico. Vestibular e então uma faculdade. Ia-se para o colégio e posteriormente para a faculdade, para se aprender. Não para discutir politica.
Pois bem, em meu período de primário, havia no colégio Santo Ignácio uma premiação mensal com títulos nobiliárquicos, divididos em três categorias, mas você só alcançaria um titulo, se tivesse um comportamento bom, sem notificações de professores a sua conduta. Pois bem, só consegui nesta longa jornada, de 48 jornadas, um único titulo - o menor de todos o de conde - exatamente no dia 15 de Outubro de 1962 . Como se vê sou um inconsequente desde os tempos pueris...
Achei esta semana, em coisas antigas de minha mãe, o citado titulo e mesmo passado todos estes anos, pretendo emoldura-lo. A inconsequência de largar um sólido emprego de assessoria em transportes pelo agenciamento de cavalos de corrida, apenas atesta do que sempre fui feito, tornado-me um amante do novo, do desconhecido.
Aproximo-me este ano de completar 75 anos de existência, com quais investi 50 dos mesmos, em militância pelo universo do turfe. A inconsequência me companha, pois, acredito que ainda terei chance em um novo King George e quem sabe num Arco. E não se trata de sonho, pois, lá já estive com Much Better e Hard Buck. O que me impede se imaginar que não possa lá novamente pisar com outros?
Até lá vou vivendo minha vidinha, um dia após on outro, sempre a espera para mim, como para o resto da humanidade, de bons dias.