Fui perguntado recentemente porque nada disse sobre Hit Show e White Abarrio, nos dois artigos que escrevi reentemente, enaltecendo os grandes tordilhos de nossa história. Talvez por não acha-los no mesmo patamar dos citados, nos dois artigos.
Tenho gravado em minha mente, a atropelada de Hit Show, na última versão da Dubai World Cup (G1). Foi apocalíptica. Transcendental. O tordilho voava nos metros derradeiros enquanto parecia que o resto de seus adversários, se arrastavam pela pista. Porque nunca evoquei este filho de Candy Ride, como algo de alta expressão? Porque a meu conceito ele não o é, embora seu pai, o argentino Candy Ride o fosse em pista.Afinal um elemento que foi quinto do Kentucky Derby, quarto no Belmont Stakes, e aos quatro anos não mais do que terceiro no Santa Anita Handicap, não pode gozar de um grande conceito em meus patamares de classificação. Então como explicar aquela atropelada? Sei lá. Pode ser adaptação a pista ou aquele dia que tudo funciona no universo a seu favor. Não ou perder o meu rico tempo em tentar descobrir o porque?
Quanto a White Abarrio, confesso que não dei a ele o crédito que merecia. ele é mais do que achei que era. Mas daí a acha-lo do mesmo patamar de um Spctacular Bid, de um Holy Bull ou de um Native Dancer, se vai um longo e tenebroso inverso...
Uma pergunta aos de minha geração. De vez em quando não lhe passa pela cabeça, que certas coisas não necessitam de explicações? Elas simplesmente acontecem e você não é obrigado a explicar o porque. Pois é, acredito que esta atropelada não esperada por parte de Hit Show - que em minha opinião nem deveria estar por lá - poderá tranquilamente ser uma delas.
Algum alvoroço no mercado em adquiriR para fins reprodutivos, qualquer um dos dois? Que eu saiba, nenhum. Não acredito que eles possam ser os novos Native Dancer. Aliás eu e toda a torcida do Flamengo. Logo, tordilhos como eles, Skip Away, Knicks Go e outros ganhadores de importantes carreiras disputadas num passado recente, não gozam de meus delírios e por isto passam batidos por meu crivo critico. Simplesmente ignoro-os.
Deixo para os mais jovens os abundantes crivos de picos da galáxias, máquinas máximas, e outros designações que dão a qualquer um que ganhe uma prova importante por mais de dois corpos. Prefiro manter minha adjetivações reservadas à elementos que realmente merecem o crédito. E pasmem, algo - que na realidade não sei explicar porque - me diz que o tordilho Sandman, levará a melhor no Preakness. Agrada-me seu pedigree e creio que ele está ainda num período de evolução, que nunca o levará ao meu patamar de excelência, mas pode rá facilmente lhe aumentar o crédito no mercado. Gosto de tordilhos, mas não sou dominados por eles. Simples assim.