Em quase toda situação, é muito difícil até a disputa do Derby se escolher o líder da geração. Ainda mais no turfe sul-americano que tem sua campanha de 2 anos restrita a poucos meses. No Brasil, é quase impossível. Mas existem, acredito eu, certos balizadores como o Francisco de Paula Machado (G2) para as fêmeas e o Jockey Club Brasileiro (G1) para os machos, ambos disputados no final da temporada em Junho no hipódromo da Gávea.
Houve mérito nas duas vitórias. Na das fêmeas uma vitória significativa de uma filha da primeira geração de Sangarius, Odalisca, mas há de se levar em consideração que ela possa ter ganho de ninguém. Ou quem sabe de alguém que ainda precisa mais tempo para desabrochar. É a líder, mas precisará confirmar na próxima. Nos machos é difícil por em dúvida a vitória de Tá Legal, conseguida de fio a pavio . Na verdade o elemento que mais me chamou a atenção foi Zucca Baby que fazia sua segunda apresentação, largava por fora de todos e que no final era o que mais corria. 50 metros a mais e as favas seriam consideradas contadas a seu favor. Era de longe o mais lindo no canter de apresentação, mas tenho que ser honesto, quem levantou a lebre dele pode vir a ser o vencedor, foi o Marcel Bacelo, uma hora antes da carreira em nosso correio pessoal.
O que falar de um Roberto e Nelson Seabra (G1), também conhecido como o OSAF carioca sem Etherium - deslocada para o GP. Brasil ? Eu diria que seria uma empada sem azeitona, ou uma feijoada de feijão branco. Mas de se convir que Night of Rose, pode não ser a melhor égua em campanha no turfe brasileiro, mas está com Outra Vista a poucos metros de Ethereum. E esta criação do Anderson, venceu com categoria sua terceira prova de graduação máxima. Sonho com um novo encontro entre ela e Ethereum.
Querem falar do Suckow (G1). Acho desnecessário, no momento em que esta prova pela primeira vez é ganha três vezes pelo mesmo animal. Mandrake. Apenas acrescento que fico feliz por ter selecionado, importado e sindicalizado seu pai Tiger Heart e ter criado juntamente com o Antonio Claudio Assumpção, sua terceira mãe, Cat´s Night que em canchas retas foi invicta contra os de sua raça. E tudo isto numerário no qual pouco milito: o das provas de velocidade.
Todavia desafio a meus leitores a dizer como foram os 200 metros finais de Mandrake. Calculo que menos que 11 segundos. O que ele corria nominal, sua terceira mãe corria de frente.
Alguém imaginava que Dopodomani ganharia a milha internacional ? Sua quarta carreira e vindo de uma quarta colocação na milha internacional de Cidade Jardim, ele não figurava entre os mais cotados. Aliás, aquele que levou mais uma vez o favoritismo do publico carioca, voltou a perder. Foi terceiro perdendo a ponta nos últimos ações. Não seria o caso de tratar-se de um cavalo de pouca sorte. O ganhador criação do Mondesir e do Antônio Quintella, acendeu a luz. Tem pinta de ser um cavalo de exceção. E vocês repararam quem foi o quarto colocado, juntinho aos paus, voando nos metros derradeiros, depois de ter ficado sempre na última colocação, por quase todo o percurso? Uxuaia Ibiza.
Um parênteses necessário. Todo profissional que se sentir caminhando nas nuvens, deve ser lembrado que o turfe é malicioso como o mar e um dia você surfa na onda e no outro, morre afogado. Ou como diria o Marcel todos que se acham superiores a atividade um dia caem... Fecho o parênteses com uma pergunta: quem é o melhor milheiro do Brasil ?
E porque a abertura de tal parênteses? Vocês irão entender quando do comentário do GP: Brasil.