Estive recentemente no Brasil e senti uma preocupação bastante grande por parte dos criadores, principalmente aqueles sediados no centro criatório de São Paulo, a respeito dos possíveis shuttles para a próxima temporada. E não é para menos. A próxima temporada já está batendo às nossas portas. Toda preocupação é pouca, pois, o investimento é vultoso e nem sempre as coisas saem como o previsto.
Não acho que o caminho é o montante do investimento e chego até a temer aqueles shuttles de 7 digitos. Vou tentar explicar o porque. Quando chegamos a este valor, há de se convir que se trata de um cavalo com amplos predicados, mas se eles estão viáveis ao mercado, nós só conseguimos colocar as mãos, se ele é já testado e porque foi de alguma forma recusado tanto pela Oceânia quanto pela Argentina. Diria que Chile também. Ou se inédito e ganhador de pelo menos uma ou duas grandes carreiras e tem pedigree fashionable, é porque a lebre, tem muito de gato, e os citados centros acima não irão arriscar. Desculpe, esta é a mais límpida das verdades. Nós não fazemos parte do baile. Nossa vitrine, não é importante para eles e existem ainda problemas de linguagem e consolidação de confiança. Moro lá e sei qual é a imagem que fazem.
Confesso que não tenho muita condescendência com cavalos de shuttle, tais como Trempolino, Sagamix, Miesque Son e alguns ainda inéditos por ai, mas que não me inspiram a menor segurança. Ganharam importantes provas mas por fatores que a mim sugerem grande importância, não me pareciam estar fadados a nem aqui alcançar sucesso. Não entendo também o porque outros como Our Emblem e companhia aqui permaneceram. Como igualmente me espanta, a renuncia que São Paulo tem em relação aos Estados Unidos, quando são cavalos como Tumble Lark, Earldom, Executioner, Royal Academy, Spend a Buck, Oass the Word, Wild Event, Present the Colors, Roi Normand, Jules, Choctaw Ridge, Roy, Public Purse, Fast Gold, Signal Tap, Midnight Tiger, etc...etc... e etc... e até Ghadeer - para mim um francês farjuto - que estiveram entre os melhores que se saíram por aqui. Volto a afirmar, São Paulo é o maior reduto de stamina que temos, e velocidade no mundo está na Australia e nos Estados Unidos, logo não entendo porque devamos estar "presos" a Darley, Aga Khan ou mesmo a Coolmore. O interesses deles, é indubitavelmente a Oceânia. Já pensaram vocês que o japonês Agnes Gold não pertencia a estas conexões, foi trazido a preço de uma cocada e duas mariolas e pode vir a se tornar um bom garanhão?
Tem gente que pode não entender o que é vitrine. O dinheiro Australiano é igualzinho ao nosso. Logo, colocar aqui ou lá deveria ser a mesma coisa. Mas não é. Colocar um cavalo na Oceania é ter os mercados asiáticos de olho. Ásia é envolve muita grana e com a entrada da China na parada, aí mesmo é que os nascidos na Australia e na Nova Zelândia, vão ter uma projeção óptica ainda maior. Dinheiro quem os coloca tem. Não é este exatamente o maior problema. Projeção sim.
Em visita a um haras de São Paulo, tomei conhecimento de quantas éguas Bandido Secreto recebeu, nas duas temporadas que cobriu. Consternei-me. Vou falar de alguém, de quem não tenho procuração e muito menos precisa que eu fale dele: o Eduardo Guimarães. Polêmico para muitos e controvertido para outros ele fez algo pelo Brasil, o que ninguém ousou fazer, a não ser alguns como o senhor Fragoso Pires com Egoísmo, Mensageiro Alado e Falcon Jet, o senhor Julio Bozano com Sabinus, o senhor Armando Carneiro com Clackson, a familia Paula Machado com Itajara, Baronius e Derek, o senhor Matias Machiline com Dark Brown e Big Lark, a familia Polacow com Lunard, o senhor Ricardo Vidigal com Kenético, O Maior e Majors Dilemma, a familia Peixoto de Castro com Zuido e Apollon, o senhor Sergio Maggiore com Kigrandi e Fantastic Dancer, a família Almeida Prado e aqueles que os sucederam com Adil e Naftol, o senhor José Bonifácio Nogueira com Viziane e Quintus Ferrus, os responsáveis pelo haras 2001 com Only Once, a família Lodi com Negroni, o senhor Oscar Pacheco Borges com Grimaldi, o senhor Gonçalo Borges Torrealba com Much Better, o conjunto da obra Faxina e Jatobá com Eylau, o próprio Jatobá com Lapis Lazuli, os Azevedo Silva com Nermaus, o posto de Monta de São Paulo - que saudades tenho dele - com Zenabre e a todos que apoiaram a cavalos como Dancer Man, Thignon Lafré, Giant, Sestero, Xaveco, Depressa, e outros que como todos os citados, de maneira alguma decepcionaram a quem nele confiou suas éguas. Temos como obrigação dar chance ao garanhão nacional de boa performance em pista. Aos que foram esquecidos, desculpem o esquecimento. Já passei dos 60, portanto tenho este direito.
A todos os citados meu agradecimento pela tentativa, mas foi o Eduardo que sindicalizou e criou oportunidades - com muito maior intensidade - para alguns reprodutores brasileiros terem um número maior e de linhas distintas, nestes últimos tempos.
Hoje Romarin, Redattore, Hard Buck, para se citar alguns, são o que são, graças ao Eduardo Guimarães, que usou de sua influência para sindicalizar e induzir pessoas a utilisá-los. Bandido Secreto é outra de suas tentativas. Se é boa ou mã, cada um que decida, mas seria uma forma de manter Itajara vivo entre nós nas linhas altas clássicas. E espero que muitas outras opções nacionais venham por ai. Soube de Fluke e fiquei feliz. Como os consagrados Romarin, Redattore e Hard Buck, foram e provaram suas qualidades locomotoras fora de nosso hemisfério. Pena é tomar conhecimento que um Eutambém e um Dono da Raia são castrados. Dói, saber e nada poder se fazer.
Eu sempre acreditei no bom cavalo de corrida e de bom pedigree, independentemente de onde ele tenha ganhou ou nascido. Aquele que tem tem fino pedigree, mas foi "bonzinho", não me interessa. Aliás, ponha sua consciência no lugar e me responda: quem gosta de ser considerado bonzinho, pela mulher que está interessado? E se saído de campanha com uma grande vitória e não é preterido pela Austrália, com certeza tem caroço neste angu!
Acho, por exemplo, que se First America, tivesse ficado quieto em um lugar e fosse honestamente ajudado por um bom grupo de criadores, teria sido um elemento diferenciado em termos reprodutivos. Diria o mesmo em relação a Voando Baixo. Adoraria ter Leroidesanimaux, Einstein e Pico Central aqui de volta. Enfim, é um assunto polêmico. Mas não gostaria de deixar de deixar minha opinião, embora nada ganhe com isto em fazê-lo. Devo estar até ferindo interesses outros.
Acho apenas que deveríamos enaltecer o esforço de um agente - seja ele quem for - em valorizar o cavalo nacional. Ao Eduardo, tiro o meu chapéu. Eu por acaso acreditei em um elemento nacional chamado Acteon Man, e acreditem, não me arrependi...
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