Disse um vez e repito quantas vezes sejam necessárias: Apenas a titulo de menção, tornei-me um Rubro negro, desativado... Mas ainda não sepultado!
O Joel Santana é uma piada. Com o envelhecimento, tornou-se de mal gosto. Tirar um centro avante, o substituir por um beque central, e depois de ter o placar virado contra si - numa questão de dez minutos - e afirmar com a maior cara de pau, que não era sua intenção recuar o time, só pode ser outra piada. O que seria então recuar o time. Substituir o centro avante por outro goleiro?
Jogava-se contra o pior time da chave e o Joel deve achar que tantos os jogadores do Emelec, quanto os patetas que assistiam a sua coletiva devem ser mongoloides. Pois é se a Patricia não acordar a segunda divisão é o destino que este time do flamengo irá ter. Ronaldinho Gaucho, Joel Santana e quiçá Adriano, quebram qualquer clube! Bota no mesmo Fedex, estes três e o Deivid e podemos até pensar em nos manter na primeira divisão...com um pouco de sorte...
O Leão desta não gostou. O desabafo é futebolístico, mas igualmente serve para questões turfisticas. Em qualquer mercado ou situação, decisões erradas tomadas em sua raiz, fazem qualquer árvore, por mais sólida que possa ser, racharem pelo meio. E uma decisão errada com um reprodutor, pode desandar a vida de um haras para todo o sempre. Mas quero justamente falar aqui sobre o contrário
O Leão ficou alegre de tomar conhecimento que outro champion, neste caso Holy Roman Emperor, está fazendo shuttling com o São Paulo este ano. Creio que tanto ele como Benny the Bull foram até o presente momento as mais importantes renovações para os nosso planteis, para esta temporada que se inicia, Agosto que vem: dois champions. Se Peintre Celebre voltar, para seu terceiro ano consecutivo, teremos três. Espero que venham ainda outras.
Se eu gosto dele? Gosto. Outrossim muito mais importante que meu gosto pessoal possa ter, diria que ele preenche o que o criatório paulista precisa. Venho escrevendo há muito tempo. Logo, esta pode ser a razão de minha excitação. Por que? Por que Holy Roman Emperor trás precocidade e velocidade a um centro onde a stamina sobra, mas em relação a estes dois fatores, ainda carece.
O simples fato de se trazer um Danehill, em mãe Secretariat em mãe Northern Dancer, neto de Franfreluche e Rasmussen Factor em Natalma, já envaidece qualquer criatório. Se a isto somarmos, tratar-se de um dual juvenile group 1 winner (Grand Criterium e Phoenix stakes), European Champion 2yo e que só não chegou mais longe por ter batido de frente com um invicto potro chamado Teofilo (Galileo), para quem foi segundo no National Stakes (Gr.1) e Dewhurst stakes (Gr.1), diríamos que ele serve e serve em muito.
Não meço a classe de um individuo simplesmente pelas provas que ganhou. Tiro sua medida da forma que o fez e de quem ganhou. E tenho meus critérios, pois, graças a Deus, em relação a Europa, no Reino Unido, posso assistir diretamente todas as suas carreiras. Por exemplo no Phoenix stakes Holy Roman Emperor bateu a ao ganhador do Coventry Stakes (Gr.2), Hellvelyn (Ishiguru) e a subsequente ganhadora do Moyglare Stud Stakes (Gr.1), Miss Beatrix (Danehill Dancer). Um dado que deve ser mencionado, foi em sua única descolocação, quando chegou em décimo quinto em Royal Ascot, no citado Coventry Stakes, que contou com a participação de 21 concorrentes. Era sua segunda carreira, e o fato, a meu ver, de ser levada a efeito menos de 14 dias depois de sua auspiciosa estréia, originou o fracasso. Um dia comentei este fato com Kieren Fallow - que não o montou apenas em sua ultima carreira - ele ele me disse que em Ascot, foi a única vez que sentiu Holy Roman Emperor, desmotivado.
Sua estonteante aceleração final quando venceu os 1,200m do Railway Stakes (Gr.2) - sua corrida posterior a Royal Ascot - ficou marcada em minha mente, como também o fato de nesta carreira ter deixado a mais de dois corpos a Excelent Art (Pivotal), que no ano seguinte veio a consagra-se ao ganhar a importante milha do St. James Palace Stakes (Gr.1) no meeting the Royal Ascot. Não é a toa que ele se tornou Champion.
Tenho a impressão que ele era limitado na distância, embora ninguém possa provar que sim ou que não. Foi consistente, pois, das 7 carreiras que correu, ganhou quatro e foi duas vezes segundo colocado, ambas, como dissemos, para Teofilo. Fracassou apenas em uma, pelos motivos já assinalados. A Coolmore alega que o retirou prematuramente da pista, por necessitar de substituir a George Washington, outro filho de Danehill, mas que demonstrou inaptidões sexuais. Era infertil. Não acredito que esta seja a razão, e como nenhuma lesão visivel aparente, creio que a decisão foi de preservação. As experiências anteriores com Woodman, Try My Best e outros, os ensinou a como normatizar seus reprodutores.
Holy Roman Emperor teve seus primeiros filhos nascidos em 2008 e em seus primeiros anos fez shuttling com a Austrália. Não posso afirmar que tenha completado os anseios de aussis e kiwis, o que não me espanta nem um pouco, pois, tentar vender Danehill, velocidade e precocidade na Oceânia, é o mesmo que tentar vender congeladores e gelo em sacos, no Alaska ou no polo sul. Sua primeira geração deixou a desejar, sendo Holy Moly (Zabeel), terceira no James & Annie Memorial Stakes (Gr.3) em Te rapa, Nova Zelândia, a única a ser citada. Mas, mesmo assim este ano teria comparecido ao winners enclosure com a dois anos Rollout the Carpet (Red Ramson) - produto de sua segunda geração -, se não fosse a desclassificação que a fez passar a ser a segunda colocada nos 1,200m do Diamond Stakes (Gr.1) de Ellerslie, em sua segunda apresentação. Levada dias atrás a disputar o Sires Produce Stakes (Gr.1) de Awapuni na Nova Zelândia, não passou de uma oitava colocação, a 10 corpos de Choice Bro (Choisir).
Na Inglaterra posso afirmar que esteve até aqui na média. O fato de seus dois melhores produtos até o momento serem fêmeas e em mães descendentes da tribo de Roberto, não pode ser visto como uma mera coincidência: A inesgotável Banimpire (Kris S.), ganhou os 2,000m do Royal Whip stakes (Gr.2) de Curragh, os 2,400m do Ribblesdale stakes (Gr.2) de Ascot, os 2,000m do Blue Wind stakes (Gr.3) de Nass, os 2,400m do Nobless stakes (Gr.3) de Cork, os 2,000m do Ballysax stakes (Gr.3) de Leopardstown e uma listed e, Gowran. Logo foram seis vitórias em black types em seis distintos hipódromos. Foi segunda nos 2,400m do Irish Oaks (Gr.1) de Curragh e terceira nos 2,000m do Prix de l'Opera (Gr,1) em Longchamp.
Embora Sandslash (Lycius) tenha ganho o Premio Carlo Chiesa (Gr.3) em Roma, creio que na Europa o segundo melhor produto de Holy Roman Emperor tenha sido até o presente momento, Sunday Times (So Factual). Ganhadora em sua segunda saídas as pistas, em Goodwood, ela em sua quarta participação - a penultima de sua campanha juvenil - foi segunda colocada no Cheveley Park stakes (Gr.1) de Newmarket a apenas 1/2 corpo Lightening Pearl (Marju). Um detalhe que não deve passar a desapercebido daqueles que se interessam pelos pedigrees, é que a segunda mãe de Sunday Times, Simply Times, é uma norte-americana filha de nosso conhecido Dodge. Mas por tratar-se de ter uma mãe com um pedigree igualmente calcado apenas em velocidade, não creio que alcançara com sucesso a esfera clássica em provas acima dos 1,400m.
Entre os demais filhos de Holy Roman Emperor que acredito que devam ser citados estão:
Roman Soldier (Sadler's Wells), segundo colocado no Coventry Stakes (Gr.2) em Royal Ascot e no July Stakes (Gr.2) de Newmarket.
French Emperor (Highest Honor), terceiro no railway Stakes (Gr.3) de Newmarket.
Peinture Abstrate (Alydar), segundo no Prix Chloe (Gr.3) e terceiro no Prix de Sandrigham (Gr.2), ambas em Chantilly.
Amarillo (Royal Academy), segundo no Lando Preis Winterfavoriten (Gr.3) em Colônia.
Angel of Harlen (Compton Place), terceiro no Prix Miesque (Gr.3) em Maisons Laffitte.
Charles the Great (Barathea), terceiro no Molecombe stakes (Gr.3) em Goodwood.
Juliet Capulet (Sadler's Wells), terceira no Sprint Stakes (Gr.3) em Naas.
Mehdi (Kahyasi), terceiro no Dubai UAE 2,000 Guineas (Gr.3) em Meydan.
An Ghalanta (Ali Royal), terceiro no Round Tower stakes (Gr.3) em Curragh.
Crying Lightning (Chester House), terceiro no Sweet Solera Stakes (Gr.3) em Newmarket.
Homecomingqueen (Diesis), segunda no C. L. Weld Park Stakes (Gr.3) em Curragh.
Resumindo, com apenas duas gerações estreadas, Holly Roman Emperor, existirão ainda muitos detratores do óbvio que irão uivar ter ele apenas dois ganhadores de grupo. A estes respondo, que ter dois ganhadores de grupo nas duas primeiras gerações, em um continente como a Europa, é mais dificil do que ter 4 nos estados Unidos e 8 no Brasil.E já que falamos nisto, quantos reprodutores em suas duas primeiras gerações no Brasil demonstram a capacidade de produzir a 8 ganhadores de grupo? Ademais o simples fato de possuir mais 10 colocados em grupo, em centros desenvolvidos como a Inglaterra, a Irlanda e a França, me credencia a afirmar que ele está na média, senão, acima da mesma. O que para nós aqui no Brasil, é um must. Fecha o pano!
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