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domingo, 8 de abril de 2012

PEQUENO PAPO DE PEDIGREE: SORTE, COINCIDÊNCIA OU DESTINO - PRIMEIRA PARTE

Não sei qual é a opinião do leitor a respeito de coincidências. Tenho a minha. Penso que elas são como as bruxas: você pode até não acreditar, mas que elas existem, existem. Vocês duvidam? Então escutem esta.

Há alguns anos atrás houve um desastre no Rio de Janeiro que foi muito noticiado. Um trem bateu em um ônibus e o número da locomotiva era 3384. Ai, naquele mesmo dia a centena da loteria federal foi 384 e no bicho o milhar foi 3384. Seria isto um coincidência ou o destino?

Sempre digo que um vez pode ser sorte, duas coincidência, mas três é porque sabe o caminho. Logo, foi Deus que não só sabe todos os caminhos, como igualmente os criou, que deu uma colher de chá para quem estivesse prestando a atenção. Quantos ganharam? Não sei.

Tenho sérias dúvidas se Union Rags pode vir a ser o vencedor deste Kentucky derby. E não digo isto, pelo simples fato dele ter tido uma má condução e chegado na terceira colocação do Florida derby. Com todos os pesares, foi um fraquíssimo Flórida derby. Ninguém conseguiu convencer, nem aquele que venceu para alegria minha, filho de uma égua e de um treinador a quem estive afetivamente ligado em fases distintas. Mas que para que alguém não chegue lá, alguém tem que chegar. Assim sendo, por mais baixo que possa estar nivelada esta geração, alguém ganhará a prova e será capa das principais revistas especializadas.

Da mesma forma que espero que não seja necessário uma locomotiva descarrilhar no Rio de Janeiro, para quem alguém acerte a centena da loteria e o milhar do jogo do bicho, não creio que seja necessário que Unions Rags, desencarrilhe o seu trenzinho, para que um adversário seu tenha a sorte de ganhar a prova máxima, nos Estados Unidos, desta geração.

Pela manhã estive no Payson Park Stud, ao norte de Palm Beach e enquanto esperava pelos trabalhos de dois cavalos que aqui administro, conversei com um e com outro, sobre quem poderia ganhar este Kentucky derby. Seis profissionais do ramo, seis palpites, seis nomes distintos escolhidos e isto antes da disputa, de dois importantes trials para a carreira, disputados em Santa Anita e Aqueduct. O que determina que minhas apreensões nunca foram infundadas. Os nomes citados foram Union Rags, Hensen, Gemologist, Went the day Well, Creative Cause e Alpha.

Union Rags, continua sendo o favorito, mas na realidade não há um nome que atraia a atenção de todos com a segurança de um Barbaro, ou de um Big Brown, para se citar entre os mais recentes. Sem exceções acompanhado do palpite era dada uma explicação do por que. E de há muito aprendi neste mercado, que quando se explica se complica. Aquele que domina, não precisa de explicação. Ninguém ficou preocupado em explicar por que Secretariat e Seattle Slew foram tríplices coroados. Ou por que Zenyatta era Zenyatta e Man O'War, Man O'War.

Outro fato que impera por aqui é que muita gente pensa que antes das duas carreiras disputadas este sábado e as duas a serem disputadas na semana próxima, o Bluegrass stakes e o Arkansas derby, qualquer palpite é infundado. Discordo, pois, não o foi durante muitos anos. Mas neste ano parece ser verdade.

Os cavalos que mais me impressionaram estas últimas semanas haviam sido Went the day Well, impressionante ganhador do Spiral Stakes em Turfway Park, - mas aqui entre nós, bateu a um inodoro grupo de desconhecidos -  e Creative Cause, o favorito de devolução capital do Santa Anita derby.

Que Went the day Well não ganhou de ninguém, todos nós sabemos, outrossim, a forma como o fez, é que o faz um elemento impressionável. O novo herói que surgiu do espaço, com as mesmas conexões de Animal Kingdom é na verdade um filho de Proud Citizen (Gone West), numa mãe Tiznow - prestem a atenção nele como avô materno - na modesta 2-s. Nada a impressionar em termos de pedigree, a não ser o fato deste pedigree estar dotado de um imbreed em Nashua e um Rasmussen Factor em Imperatrice. Esta  para quem não tem conhecimento, é a mãe de uma tal de Somethingroyal. Será que isto pode fazer a diferença?

Falamos em Tiznow e de favorito de devolução de capital. Isto soava como Gemologist, afinal este invicto é filho de Tiznow, numa mãe Mr. Prospector, fortemente imbreed em Northern Dancer, mas cujo fator principal é o fisico. Cavalo monumental, cuja ação o faz parecer lento, mas como ninguém ainda conseguiu o ultrapassar no disco, creio que esta perspectiva não seja verdadeira. Mas até a abertura do starting-gate, a impressão que reinava era unbeaten but untested. Invicto mas não testado.

Neste Wood Memorial (Gr.1) - uma carreira que produziu entre seus vencedores até aqui, 20 heróis no primeiro sábado de Maio em Churchill Downs, mas que todavia, desde 2003 não consegue um, seu vencedor parecia que seria mais um. Ledo engano! Eu assisti ao Wood Memorial (Gr.1) e pela primeira vez me impressionei com Gemologist. Ele ganhou, e teve que, desta feita, suar para fazê-lo. Vinha de orelhas em pé como estivesse brincando, mas o importante é que Alpha - que teve sérios problemas de tráfego - quando o caçou no meio da reta, deu a nítida impressão que passaria. Porém, Gemologist reagiu demonstrando coração e aquela vontade de vencer que diferencia os leões dos gatinhos selvagens. Ganhou num tempo lesco-lesco, mas manteve a sua invencibilidade e me pareceu um cavalo, neste momento, mais sólido que Union Rags. Foi testado e correspondeu.

O tordilho Creative Cause, um Giants Causeway em mãe da linha Caro, é imbreed em Nearctic e Rasmussen Factor na grande matriarca Pocahontas, ao contrário de Gemologist não chama a atenção exatamente pelo físico, mas sim por sua ação. Corre como um cavalo veloz e que gosta do que faz. Tem físico de cavalo que melhorará na distância.

Corrido na sexta colocação, junto aos paus, desde inicio da carreira demonstrou um galão vistoso e ao contrário de Union Rags, quando acionado, criou o seu caminho e partiu para tentar a ponta no inicio da reta. O que ele não esperava que I'll Have Another, não lhe deixasse respirar. Foi um final eletrizante entre dois cavalos que queriam vencer e usaram tudo de si. Melhor para o filho de Flower Alley - lembram que eu disse ser ele o filho de Distorted Humor a se investir? -, creio que por focinho. Mas mesmo na derrota Creative Cause provou do que é feito. É para mim agora o nome desta carreira, sem ainda ter visto o Bluegrass de Lexington, onde Hensen, tentará provar ser o mesmo champion, que um dia demonstrou ser.

I'll Have Another tem uma mãe Arch - outro a se olhar com carinho como avô materno - na consagrada familia 23-a, que a meu ver, a cada ano se firma como eterna. Imbreed em Danzig e Northern Dancer, por um pai fortemente imbreed em Mr. Prospector, Northern Dancer e Rasmussen Factor em Goofed (mãe de Lyphard), ele passará a ser citado nas listas de prováveis depois desta sua apresentação.

Mas, lembrem-se que Unions Rags tem um treinador que em cinco semanas pode ajustar o parafuso que esta solto...

E para quem acredita que linhas maternas sejam uma coisa para boi dormir, Karlovy Vary (32,80) surpreendeu a muitos em Keeneland, ao ganhar os 1,700m do Ashland Stakes (Gr.1) de ponta a ponta. Ela é uma Dynaformer em mãe Pulpit. Que me desculpem aqueles que assim não o pensam, outrossim, ela é acima de tudo uma 9-f, descendente direta de Bourtai (sua sexta mãe), via uma de suas filhas, no caso, Bayou.

Terminando, ver Lava Man, aos 12 anos de idade, como poney em Santa Anita, foi uma situação inusitada.