Dia de Natal. Na verdade não deixa de ser um dia especial, mesmo para aqueles que não acreditam que Jesus possa ter sido o filho de Deus. Ou mesmo para aqueles, que nem em Deus acreditam. Qualquer que seja a crensa, querendo ou não, eu diria tratar-se de um dia distinto. Que pelo menos o faz pensar, o por que as coisas acontecem. Um dia que marca, principalmente aqueles que tem compreenssão.
Compreender não é fácil. Nunca o foi. Impor sim. Coisa que sem sentir a gente faz todos os dias, até nas mais pequeninas coisas. Concordo que no turfe existe muita coisa dificil de se explicar, e mais ainda de se entender. Mas isto não faz dele um bicho de sete cabeças. Muito menos uma roleta. Apenas valoriza, a conquista, daquele que chega onde quer chegar. Por isto, acho muito importante o fator estatístico. Ele, de maneira alguma, não lhe garantirá o sucesso. Outrossim, maximizará a chance de obte-lo. Resumindo, no turfe e mais do que tudo, na criação de cavalos de corrida, o raio pode cair no mesmo lugar duas vezes. Diria até, que mais de duas vezes. Isto não é uma opinião. Isto é um fato.
A simples constatação de uma estatísticas de reprodutores por prêmios ganhos é uma prova disto. Os filhos de Galileo produzem um dado estatístico. E analisando-o veremos que se você tem um Galileo, você terá mais chance de chegar ao sucesso do que por exemplo ter um filho de Fantastic Light, cavalo este que o bateu na pista. Todavia, se alguém não aceita o fator estatístico, e pensa que as coisas acontecem por outros fatores, assim como a sorte, que compre filhos de Fantastic Light e venha enfrentar os Galileos. Já escrevi isto aqui, Ghadeer e Duke of Marmelade cobriram as mesmas éguas. Quem se deu melhor? Eu diria que Ghadeer. Logo, deixemos de lado, esta aversão ao fator estatístico e passemos a apenas duvidar de outros fatores que o compoem, como o universo de pesquisa e a análise dos dados.
Qualquer estatística pode evidentemente ser tendenciosa. manobrável, direcionada para fins próprios, se não houver escrupulos daquele que a monta. O PT que o diga. E, para tal, a coisa se inicia na montagem do universo. Você pode montar por exemplo uma estatística de avôs maternos por prêmios ganhos, tendo como universo, a América do Sul e tão somente com aqueles garanhões cujos nomes se iniciam com a letra S. Ai o o Special Nash, pode tranquilamente ganhá-la. Da mesma, que Going Somewhere, o pode levar a isto, levantando, como levantou o Pellegrini. E ai eu pergunto: vale a pena se iniciar uma coleta de filhas de Special Nash para preencher seu plantel? Eu diria, que quem assim o fizer estará criando para si, uma chance de ir a lugar nenhum. Ou melhor, ao buraco negro!
O Hugo Nieri citou, com grande oportunidade, outro elemento de fraca atuação em nosso seio reprodutivo, o Major Green. Mas querendo ou não, há de se aceitar um ponto factual: que filhas destes cavalos - Super nash e Major Green - trouxeram ao haras Phillipson um Pellegrini e quase outro.
Embora o raio não tenha caído no mesmo lugar duas vezes, passou perto. Esta é a diferença entre o ponto factual e o estatístico. Um acontece de vez em quando. O outro demonstra uma tendência e repete-se com rara assiduidade. Quem preferir seguir a tendência, têm a meu ver mais chances de conseguir o que quer, do que aquele que senta no ponto do ônibus e espera, que este um dia passe. E a história do turfe prova que ele pode até passar. Logo é apenas uma questão de paciência e de sorte.
Nas estatísticas que elaboro e apresento em meu blog, tenho como base as provas de grupo no mundo. Mas mesmo o mundo sendo um universo indiscutível, ele não faz parte de minhas análises finais. Para estas uso partes dele, que considero, além de mais fidedignas, mais competitivas. Se chego a conclusões que na Europa, nos Estados Unidos e no Japão, algo está se mostrando frequente, penso que em centros de menor competitividade estes fatos poderão se repetir. Quem sabe até com mais assiduidade. Ai eu testo a Oceânia, e se neste continente alguns destes fatos se mostram flagrantes, passo a não ter dúvidas que eles se repetirão na América e na África do Sul. Isto se chama raciocínio lógico e seus resultados, nada mais que as consequências do bom senso. O Newton Simões, imediatamente achará um fator quântico em toda esta questão. O senhor LuiZ, ao contrário, negará qualquer probabilidade de sucesso. Cada cabeça uma sentença.
Por isto aconselho a aqueles que não coadunam de minhas idéias, que mudem de canal. O número de blogs de fofocas no Brasil é incontável. Pois se aqui ficarem, aqueles que não pensam que o turfe tem uma lógica, e que são aqueles que melhor investem lógicamente os que mais sucesso têm, acabarão por ver as coisas acontecerem e isto os desistimulará. E creio que o turfe para ser o turfe, necessita de adversários. Não inimigos, eu disse adversários. Pois, sem a disputa não haverá gloria. E quanto mais dura, mais prazer ela trará.
SE VOCÊ NÃO GOSTA DE TURFE, PROCURE OUTRO BLOG. A IDÉIA AQUI NÃO É A DE SE LAVAR A ROUPA SUJA E FAZER POLITICA TURFISTICA. A IDÉIA AQUI É DE SE DISCUTIR TEORIAS QUE POSSAM MELHORAR A CRIAÇÃO E O DESEMPENHO DO CAVALO DE CORRIDA. ESTAMOS ABERTOS AS CRITICAS E AS TEORIAS QUE QUALQUER UM POSSA TER. ENTRE EM NOSSA AERONAVE, APERTEM OS CINTOS E VISITEM CONOSCO, O INCRIVEL MUNDO DO CAVALO DE CORRIDA, ONDE QUERENDO OU NÃO, TUDO É PRETO NO BRANCO!