MERCADO ABERTO, É MERCADO SÃO

Tenho a nítida impressão que o mercado do turfe brasileiro para cavalos de corrida voltará a ser um mercado de criadores, como o era até a quase o terceiro trimestre do século passado. A carreira disputada para os novos, saiu com cinco animais, sendo que os dois primeiros, que se destacaram, desde o inicio da prova, eram reservados. Isto é, de propriedade de seus criadores.

O Pellegrini, vencido por um cavalo brasileiro, era um crioulo de seu próprio criador. O que sugere, que vai ser mais difícil para o proprietário ganhar, em um mercado que os mais importantes criadores parecem estar pensando em reservar, aqueles que reputam como seus melhores produtos. Não creio que seja bom para o proprietário ter que investir e ainda por cima, esperar pelo erro de seleção daquele que criou. É uma variante a mais, e das mais fortes. E talvez por isto, os mais importantes proprietários de nosso turfe, tenham se tornado criadores. Louve-se o posicionamento do haras Santa Maria de Araras, que entre as grandes potencias criatórias, pelo menos coloca seus machos a disposição de interessados.

Nos Estados Unidos a proporção é diametralmente oposta. Existem mais proprietários do que criadores. Assim sendo, mais cavalos são vendidos do que reservados. Como numa industria. Produz, para se vender.

Espero que os dirigentes de nossos clubes, possam incentivar a vinda de mais turfistas e com o aumento do volume de apostas, viabilizar uma melhora substancial nos prêmios - em alguns casos com o simples pagamento dos mesmos -, atraiam mais proprietários para o mercado, de forma a cativar nossos criadores a colocar seus produtos a venda. Mercado aberto, é mercado são.