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STUD YELLOW RIVER - Criando para correr

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

PEQUENO PAPO DE BOTEQUIM: UM EXEMPLO PRATICO

Vó Adelina, como toda pessoa que aprendeu com a vida, era um poço de objetividade. Não acreditava nos livros e muito menos nos professores. Era uma discipula da vida. Outrossim, em seus lampejos individuais, constantes e por que não acrescentar, fulgurantíssimos, brotados de iluminações meramente pessoais, sempre demonstrou pleno sentido e razoável intenção, em tudo que dizia e principalmente no que fazia.

Aprende quem quer, zomba quem puder! Sempre terminava algo que dizia, quando sentia que o ouvinte à sua frente, não estava dando muito crédito ao que acabara de dizer. E o fazia, com aquele movimento de ombros tipico de quem não estava dando a mínima. Embora, na realidade, estivesse dando...

Mas por que estou me lembrando disto, justamente numa quarta-feira de cinzas? Primeiramente por ser uma quarta-feira de cinzas e como diria nosso ex-presidente Lula, "segundamente cumpanheiros" por que na verdade tem a ver com o estudo que acabo de fazer tendo como base os cruzamentos idealizados, pelas três casas de criação que tomo como base, dentro do setor europeu: a Juddmonte Farms, H.H. Aga khan e o Moyglare Stud.

Vó Adelina, dentro de sua insana objetividade, um dia me disse: aprende-se com quem sabe, mas copia-se de quem realmente fez. Este seu dizer, é de um profundidade abissal. Principalmente se você souber dosar a teoria com a prática. Eu procuro assimilar as coisas que considero producentes dos que sabem e sempre que possível copio, daqueles que estão provando - por resultados - estarem certos. Nem a mais torva e atra mente, haverá de duvidar que estes três citados, criam para correr. Não creio sequer, que mesmo o senhor LuiZ objetará o sucesso constante dos mesmos. desta forma, vejop o que fazem, procuro entender o por que e copio sempre que for possível.

O Moyglare Stud, nem de perto pode ter seu poderio de investimento comparado, aos dois outros citados. Todavia, os responsáveis por este estabelecimento de cria, são capazes de chegar em Keeneland ou Tattersalls e pagar mais de US$4 milhões por uma filha de Quiet American. Coisa que os dois outros - ambos discípulos de Mahomé, não precisam mais fazer. Já o fizeram no passado e hoje vivem do desenvolvimento de suas linhas maternas e da exploração de garanhões feitos por eles próprios.

O Moyglare nasceu em 1962, quando da aquisição por parte de Walter Haefner - um suiço sempre envolvido na industria automobilística - recentemente desaparecido (2012), de terras na Irlanda. Situado quase na junção das rodovias 148 e 408, em Maynooth, no condado de Kildare, este estabelecimento de cria sempre primou por dois detalhes. Grandes cruzamentos e uma visão internacional de penetração de seu produto, pois, embora fosse para consumo próprio, seu proprietario nunca se furtou a ouvir e até aceitar uma boa proposta.

Altamente seletivo, o Moyglare é responsavel pela criação de grandes cavalos de corrida, como os French Derby winners, irmãos maternos, Assert e Bikala; o ganhador da Honk Kong Bowl, Additional Risk; o ganhador do St. James Palace Stakes, Brief Truce; o ganhador do Prix d'Ispahan, Carwhite; a Irish Oaks winner, Dance Design; a ganhadora do Matriarch Stakes, Dress to Thrill; o surpreendente herói do Belmont Stakes, Go and Go; a ganhadora do Bayerisches Zuchtrennen, Market Booster; o ganhador dos Guineas, Refuse to Bend; o ganhador do Canadian International, Relaxed Gesture; a ganhadora da Japan Cup, Stanerra: a heroína do Irish One Thousand Guineas, Trusted Partner; e o multiplo ganhador de provas de graduação máxima, Twilight Agenda.

São ganhadores de graduação máxima, em oito distintos países. Analisem seus cruzamentos e entenderão por que as coisas, quase sempre aconteceram a favor deste estabelecimento de cria, mesmo tendo ele que enfrantar gigantes como a Coolmore, os maktouns, Aga Kha, Juddmonte e até o centenário Cheveley Park, outro estabelecimento, este de origem britânica,  por quem nutro escandaloso respeito, mas numa escala um pouco menor.

Aqui apresento os cruzamentos - versão 2015 - das principais éguas da Moyglare, e creio que vocês serão capazes de assimilar os parâmetros por eles objetivados. 

As 9-f


 Natalma 6x6x6x6x6x6
Northern Dancer 5x5x5 e Mr. Prospector 5x4
Danzig 4x4

 Natalma 6x5x5
Northern Dancer 4x5, Raise a Native 5x5 e Buckpasser 5x5
 Natalma 5x6x6x5
Northern Dancer 4x5x4
Danzig 3x4
 Natalma 4x5x5
Northern Dancer 3x4, Raise a Native 5x5 e Buckpasser 5x5
13 - c

 Lalun 5x6
Northern Dancer 3x5 e Mr. Prospector 4x4
Nearctic 4x5

As 1-l
Natalma 6x5x5x5
Northern Dancer 5x4x4, Mr. Prospector 4x5  e Buckpasser 5x5

Natalma 5x6x6x6
Northern Dancer 4x5x5
Sadlers Wells 3x4
 Northern Dancer 5x5x5, Mr. Prospector 4x6 e Buckpasser 5x6
Danzig 4x4 e Ahonoora 4x3

Lalun 6x7
Buckpasser 5x5

As 10-a
 Northern Dancer 4x5
Danzig 5x3 e Ahonoora 5x4

 Northern Dancer 5x5, Mr. Prospector 4x3 e Buckpasser 5x4
 Natalma 5x5x5
Northern Dancer 4x4
A 3-l
Natalma 6x6x5x5 e Peggy West 6x6
Northern dancer 5x4x4 e Mr. Prospector 4x6x6
Raise a Native 5x5

 A 5-h
Almahmoud 6x6
Northern Dancer 4x5x5
Lyphard 4x5x5

As conclusões que fiquem a cargo de cada um.