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quinta-feira, 23 de julho de 2015

PAPO DE BOTEQUIM: PARA ONDE ESTÁ INDO NOSSA STAMINA?


Não é pelo número de anos que você está casado que se mede a felicidade ou não de uma união. Da mesma forma que não é porque uma coisa foi conseguida em várias ocasiões que podermos a entende-la como uma coisa simples ou fácil de ser conseguida. Fazer 1281 gols, em 1363 jogos como Pelé o fez, é fácil para ele, mas muito difícil, para qualquer um outro. Ganhar o número de corridas que o Ricardinho ganhou, até o presente momento, menos ainda. Coisas de gênios.

Colocando as cinco mais importantes carreiras de 2,400 metros no continente europeu abertas para os de qualquer sexo, os derbies inglês, francês, irlandês, o Arco e o King George, e separar os cavalos que nestes 45 anos, pelo menos venceram três destas provas, descobriremos, para assombro de alguns, que o número dos que conseguiram, dá tranquilamente para formar um time de futebol. Pois bem, embora seja uma tarefa duríssima de ser conseguida, 11 elementos o fizeram até aqui. E um deles, Montjeu conseguiu quatro destas carreiras, mas necessitando, diferentemente dos demais, duas temporadas para consegui-lo.

Logo quando em um pedigree você tiver o ensejo de vislumbrar pelo menos dois destes nomes, acredite que a sua chance de ter um elemento "staminado", cresce de uma forma aterradora. Mas não parece isto que as pessoas tem hoje, como seus objetivos. Reparem como o declínio do grande campeão da milha e meia pode ser notado. Foram cinco ganhadores na década de 70, dois na de 80, três na de 90 e dois na primeira década deste ano. De quinze anos para cá, absolutamente nenhum outro. E 15 anos é uma adolescência... O que em outras palavras sugere, pelo menos a mim, que houve um decréscimo no aparecimento de grandes cavalos para esta distância. Seria o final dos especialistas?

Tirando Shergar que desapareceu - na mais perfeita expressão da palavra - apenas quatro destes, podem vir a ser considerados grandes reprodutores: Nijinsky, Mill Reef, Montjeu e Galileo. O que me assusta. Outrossim, me assusta ainda mais é ver uma tribo como a de Fairway, que depois da suprema tribo de Northern Dancer, foi a que mais elementos produziu neste restrito universo de classe "staminica", ter simplesmente evaporado do palco.

Qual seria a razão? Penso que a melhor explicação seria, o abandono que a grande maioria dos criadores levou a efeito - nestes últimos 25 anos - em relação aos especialistas na milha e meia.



GALILEO (Sadlers Wells/Northern Dancer)
2001 - D, ID e KG

MONTJEU (Sadlers Wells/Northern Dancer)
1999 - JC, ID e ARC
2000 - KG

LAMMTARRA (Nijinsky/Northern Dancer)
1995 - D, KG e ARC

GENEROUS (Caerleon/Nijinsky/Northern Dancer)
1991 - D, ID e KG

DANCING BRAVE (Lyphard/Northern Dancer)
1986 - D, KG e ARC

SHERGAR (Great Nephew/Honeyway/Fairway)
1981- D, ID e KG

TROY (Petingo/Petition/Fair Trial/Fairway)
1979 - D, ID e KG

THE MINSTREL (Northern Dancer)
1977 - D, ID e KG

GRUNDY (Great Nephew/Honeyway/Fairway)
1975 - D, ID e KG

MILL REEF (Never Bend/Nasrullah)
1971 - D, KG e ARC

NIJINSKY (Northern Dancer)
1970 - D, ID e KG

O turfe brasileiro, que me desculpem aqueles que assim não o pensam, vive-se do Brasil, do São Paulo, e de nossos dois Derbies. Todos disputados nos 2,400 metros com reta longa. Eu sempre afirmo que ganhar é sempre importante. Até o páreo da segunda a noite. Mas ganhar estas quatro provas, ou pelo menos uma delas, é o sonho de consumo de todos. Ou de pelo menos aqueles que refletem, não apenas pensam e dormem quando a barriga está cheia.

Seria correto fugir-se do cavalo "staminado"? Sim por que vencedores destas quatro provas sempre existirão, mesmo que não coloquemos stamina em nossos pedigrees. Afinal somos acima de tudo um turfe que em muitas ocasiões ainda nos mantemos no estágio, de que alguém tem que ganhar. E o menos pior o faz.

Analiso os pedigrees e afirmaria, sem querer provar ponto algum, que hoje, tão somente o Haras H e R e os haras Phillipson e Red Raf, estão direcionados a produzir cavalos de fundo. E pode ser coincidência ou não, são os que proporcionalmente estão tendo mais êxito nisto. Isto é apenas uma observação, e pode ser que existam outros que não percebi o que estão fazendo. E se ainda não os notei, talvez seja por não terem ainda conseguido provar em pista o que se propõem a fazer. Diria que numa menor escala os praticamente desativados Tango e Beverly Hills, também o tentaram e com certo êxito.

Não seria pouco, em se tratando de um turfe como o nosso? Pode ser que Drosselmeyer - um cavalo sem aceleração final - no TNT traga nos seus cruzamentos com éguas da linha Nijinsky, uma volta a estamina, que aquele estabelecimento de cria um dia primou. O Santa Maria de Araras chega lá, não só pela alta qualidade de sua criação e de suas linhas maternas, como também pelo número de cavalos que produz, embora nenhum de seus garanhões atuais, entre os que já tem três gerações corridas, provou ser um verdadeiro provedor "staminico". Penso que Vacilante, Present the Colors e Signal Tap, tinham estas características. E assim, se suas éguas forem bem cruzadas, poderão manter, pelo menos por uma geração, a possibilidade de existência de verdadeira estamina.

Não sou defensor da stamina x stamina. Mas respeito aqueles que adotam esta postura. Sou a favor da velocidade através da distância. Pois, acredito que o turfe moderno exija uma balanço "staminico", para que a velocidade e a precocidade não desampareçam das características de uma raça.