Foi um fim de semana de gala que tivemos 15 dias atrás. Um Oaks e um Derby que chamaram muita atenção em Epsom. E um Belmont no mínimo excitante. Como disse ninguém ganha uma carreira destas por 16 corpos impunemente. Como eu igualmente acredito que cavalo algum que na esfera maior vem de ganhar sua sexta carreira em sua sétima tentativa, - sendo terceiro na outra oportunidade - e até aqui ganhador de três provas de graduação máxima, pode ser visto "apenas" como mais um corredor. E o caso de Domestic Spending recente ganhador do Manhattan Handicap (G1). Confesso que foi uma prova que me impressionou muito.
Ele corre e corre muito, e para os mais observadores, há de ser notado, além de ser um filho do consagrado Kingsman numa mãe pelo não menos consagrado Street Cry, e que trás no bojo de seu pedigree aquele binômio de imbreeds em Northern Dancer e Mr. Prospector que dificilmente falha, foi castrado. Sim, castrado. Um desperdício, principalmente para nós brasileiros que reconhecemos sua quarta mãe, Gay France (Sir Gaylord), como uma ¾ irmã se Swanilda (Habitat), a mãe de Ghadeer. Imaginem poder trazer para nossas lides algo assim? O que para os norte-americanos é um nada, para nós seria um TUDO !
Olhem a estrutura genética de sua mãe. Igualmente sem furos. Se não brilhante, mas pelos menos dotada de muito classicismo. Sei que ando batendo muito neste ponto. Todavia, é mais que necessário, pois, trata-se de um conceito provado como extremamente válido.
Não sei porque Domestic Spending tenha sido castrado. Talvez por gênio ou quem sabe foi só assim que ele veio a se transformar na máquina corredora que demonstra ser. O mesmo aconteceu com Da Hoss. Creio que na meia distância na pista de grama, não tenha atualmente adversários a sua altura, deste lado do Atlântico e acho mesmo duro que alguém atravesse o oceano e venha fazer oposição a ele na Bradeders Cup. Milha ou na Turf? Será que ele terá stamina suficiente para chegar a milha e meia? Será que terá velocidade suficiente para se estabilizar na milha? São perguntas que possivelmente hoje passam pela cabeça de suas conexões.
Para um cavalo comprado em Tattersalls por mais de US$400,000 e que estreou auspiciosamente em Tampa, nada parece ter corrido errado em seu traçado de carreira. Chad Brown seu treinador, que parece já ter vencido o Manhattan nestes últimos dez anos em nada menos que sete oportunidades, haverá de solucionar esta equação. Afinal adequar o craque me parece mais simples do que fazer o matungo correr.
