Fui recentemente perguntado, o que achei de nosso turfe, quando de minha passagem pelo Brasil. Eu acho que o silêncio seria a melhor resposta. Mas como sou responsável por este blog, e acho que todos aqueles que o leem tem o direito de exigir certas opiniões, reservo-me ao direito de dar a minha, mesmo não tendo uma forma de ajudar com idéias e opiniões capazes de melhorar a atividade. Mas vamos por partes.
Alemanha bate a Letonia por 7x1. Isto lhe lembra algo? Soa alguma campaínha lá no fundinho de sua mente? Pois é, na minha soa. E de forma estridente. Afinal, Brasil em futebol, não deveria ser comparado a Letonia, mas vexame por vexame, em nosso caso ainda é maior, pois, aconteceu em nossa casa. Debaixo de nosso nariz. Humpty Dumpty!
Vexame, não tem hora nem local. Pinta quando você baixa a guarda e se deixa levar ante um adversário que lhe pode ser superior. Pois é, o Covid-19 é um adversário poderoso e superior a nossas forças. Doido para impetrar outro 7x1, em sua existência, se você der bobeira e relaxar a nova forma de se viver. A máscara, o distanciamento social, a higiene nas mãos e outras medidas simples de serem levadas a efeito, mas que exigem das pessoas um certo policiamento, devem ser mantidas, independentemente das vacinas. Vacinas estas feitas a toque de caixa, em regime emergencial, podem minimizar suas chances de pegar a Covid-19, e se pego, minimizar ainda mais seus efeitos? Boa pergunta. Mas depois? Serviria ela como imunizante? E por quanto tempo? Por quantas décadas ficaremos escravos das mesmas?
O turfe funciona em todos os quatro cantos do mundo, independentemente da pandemia. Com controle de publico e em alguns casos, com ações mínimas, para conter a contaminação. Ver Epsom em pleno funcionamento é um alivio para os olhos, assim como Belmont Park e futuramente Royal Ascot, que terá inicio nesta próxima terça-feira. E atletas? O bom desempenho dos vencedores do Oaks, do Derby e do Belmont Stakes, apenas sinaliza que a vida continua e que temos que preserva-la a qualquer custo, com cuidados mínimos.
Estive na Gávea, quando de minha rápida passagem pelo Rio de Janeiro. A bem da verdade, a tribuna social deste hipódromo anos a fio, mantém um distanciamento social não por obrigação mas sim por falta de pessoas. Camarotes vazios. Cada vez menos gente e nenhuma cara nova. Onde pretendemos chegar? Seria isto um processo normal? Eu diria que de extinção sim. De progresso, não!
Se isto responde a pergunta, a resposta está dada. Espero apenas que sobre nova direção as coisas mudem na Gávea, como também espero que aconteçam positivamente em Cidade Jardim, assim como no Tarumã e no Cristal. Outrossim, produzindo um número cada vez mais reduzidos de cavalos ano, creio que vai ser impossível se montar programas, como nós fazíamos anteriormente. Sem importar, o que esperar para o aumento de nosso rebanho? Que as éguas produzam apenas fêmeas? Que mais fortes taxas sejam criadas para evitar o êxodo de nossa fêmeas?
E como fazer o movimento de apostas crescer, se até a pouco tempo, as pessoas nem para trabalhar eram permitidas, pelos loucos lockdown impetrados por governadores, sedentos para manter o status quo do quanto pior, melhor?
Confesso minha inabilidade de achar soluções. Contribuo, com o pouco que posso contribuir. Com analises e observações, sobre corridas e criação. E espero que alguém mais preparado que eu venha com soluções que possam mudar o perfil de nosso turfe.
POIS, O 7X1 NÃO SAI DE MINHA MENTE...