HARAS SANTA RITA DA SERRA - BRASIL

HARAS SANTA RITA DA SERRA - BRASIL
HARAS SANTA RITA DA SERRA - CLIQUE NA FOTO PARA CONHECER NOSSO PROJETO

HARAS REGINA

HARAS REGINA
JOLIE OLIMPICA BRAZILIAN CHAMPION 2YO - HARAS REGINA - CLIQUE NA FOTO PARA CONHECER NOSSO PROJETO

HARAS FIGUEIRA DO LAGO

HARAS FIGUEIRA DO LAGO
NEPAL GAVEA´S CHAMPION 2YO - HARAS FIGUEIRA DO LAGO - São Miguel, São Paulo

HARAS SANTA MARIA DE ARARAS

HARAS SANTA MARIA DE ARARAS
Santa Maria DE ARARAS: TOQUE NA FOTOGRAFIA E VENHA CONHECER O BERÇO DE CAMPEÕES

HARAS ESTRELA NOVA

HARAS ESTRELA NOVA
Venha nos conhecer melhor no Instagram @haras.estrelanova.

HARAS NIJU

HARAS NIJU
toque na foto para conhecer nosso projeto

HARAS FRONTEIRA

HARAS FRONTEIRA
HARAS Fronteira

HARAS ERALDO PALMERINI

HARAS ERALDO PALMERINI
HARAS ERALDO PALMERINI a casa de Lionel the Best (foto de Paula Bezerra Jr), Jet Lag, Estupenda de Mais, Hotaru, etc...

HARAS CIFRA

HARAS CIFRA
HARAS CIFRA - HALSTON POR MARILIA LEMOS

HARAS RIO IGUASSU

HARAS RIO IGUASSU
HARAS RIO IGUASSU A PROCURA DA VELOCIDADE CLÁSSICA - Foto de Karol Loureiro

HARAS OLD FRIENDS

HARAS OLD FRIENDS
HARAS OLD FRIENDS, vendendo diretamente toda a sua geração

HARAS SÃO PEDRO DO ALTO

HARAS SÃO PEDRO DO ALTO
HARAS SÃO PEDRO DO ALTO - Qualidade ao invés de Quantidade

HARAS RED RAFA

HARAS RED RAFA
HARAS RED RAFA - O CRIADOR DE PLANETARIO

HARAS PARAISO DA LAGOA

HARAS PARAISO DA LAGOA
HARAS PARAÍSO DA LAGOA, UMA ESTRELA A MAIS NO UNIVERSO

STUD YELLOW RIVER

STUD YELLOW RIVER
STUD YELLOW RIVER - Criando para correr

JOCKEY CLUB BRASILEIRO

JOCKEY CLUB BRASILEIRO
JOCKEY CLUB BRASILEIRO

terça-feira, 15 de março de 2022

PAPO DE BOTEQUIM. ENTERRADOS NO CEMITÉRIO DOS VIVOS

Você já devem ter percebido que falo muito em lógica. Mas alguém deve estar pensando, como pensar em lógica alguém, que abraça a profissão de agente e de analista em uma atividade tão ilógica como o turfe brasileiro? Não seria uma boa pergunta a se fazer? Pois é, mas quando me apaixonei por esta atividade, a situação era distinta e o turfe parecia promissor. O que aconteceu? Minguou...

Morei quase toda a minha juventude ali no finalzinho de Copacaba, inicio de Ipanema, a menos de 300 metros do escritório do Pasquim, que para aqueles que não sabem, foi o melhor jornal de critica, que o Brasil já teve. Era um grupo de jornalistas, que tinham no sarcasmo a sua maior força. O próprio nome, Pasquim, refletia o que o italiano reconhecia como sátira.

A idéia de seus iniciadores, o Jaguar, o Tarso de Castro, o Sergio Cabral, o Ziraldo e o Millor Fernandes, era achar algo que viesse a substituir o A Carapuça, de Sergio Porto o Stanislaw Ponte Preta, igualmente reconhecido como o selecionador das certinhas do Lalau. E acabou por se transformar numa resistência lúdica em tempos de ditadura. Era um jornalismo inteligente de uma esquerda cultural. Foi lá que comecei a ler o Paulo Francis e amar a Graúna da Caatinga Nordestina criada por Henfil, um hemofílico, cuja acidez em seus desenhos, era absurdamente relevante.


O frade Baixim e sua postura sardônica, , o bode Orelana um emérito pensador, o cangaceiro Zeferino ferrenho partidário da graúna, caboclo Mamadô, que enterrava os mortos vivos - desavenças do cartunista - foram no barato, personagens inigualáveis.

Concomitantemente passei a me interessar no turfe e tive a sorte de ter meu caminho cruzado com o senhor Atualpa Soares e foi assim que tudo começou. Deixei de lado uma pouco o Pasquim e cai de cabeça na British Racehorse, Stud and Stabile e Courses et Élèvage. Logo minha formação foi Pasquiniana, com pitadas e toques de turfe europeu.

Pois bem, o convívio com o senhor Atualpa me levou a conhecer melhor os élèvages das famílias, Seabra, Peixoto de Castro e Paula Machado. Suas linhagens femininas e os reprodutores europeus que tiveram o ensejo de importar. Sem querer atestar o que quer que seja, estas três famílias tiveram uma importância vital no desenvolvimento de nossa criação.



Eu ainda tive a sorte de pegar o final dos movimentos Fort Napoleon (Tourbillon) x Formasterus (Asterus), um nick nacional, "Boussaquiano" e o inicio da era Waldmeister. Vi a pompa pela qual foi trazido o asqueroso Nalanda e o término da fulgente era "Seabrista". Aqueles que podem ser considerados os tempos áureos de um hipódromo carioca, que não voltará jamais.

Em São Paulo, acreditem ou não, com um turfe fortíssimo, pouco ou praticamente nada vi do São Bernardo, mas em compensação, acompanhei o final do Jahu e Rio das Pedras e os momentos gloriosos do Faxina, Rosa do Sul, Malurica, Inshalla e outros grandes do turfe daquele Estado.


Adil

E como por encanto, o êxodo dos criadores cariocas de Teresópolis para São José dos Pinhais e aquilo que pode ser considerada a nova era de Bagé, com o Sideral, depois seguidos por Mondesir e outros. Foi ou não foi um turfe que parecia decolar para um futuro certo.

Mas quiz o destino, que o certo fosse trocado pelo incerto. Achei que era uma questão de tempo e uma nova leva de investidores haveria de aparecer. Ledo engano. Grandes potentados criatórios simplesmente desapareceram. O publico minguou nas arquibancadas e sobrevi nos Estados Unidos, graças ao apoio de alguns. Ec a nossa queda como atividade podem ser notada a olhos vistos.

O turfe na Argentina e no Uruguay, continuou a ser uma febre. Um misto de paixão e orgulho. No Brasil, seus grande número de adeptos migrou para outras atividades. O glamour foi substituído pelo vicio, e de repente nos tornamos párias de uma sociedade que prefere a raspadinha. Nosso espaço nas midias de massa, simplesmente desapareceu e ficamos pequenininhos como nunca antes havíamos sido. O mesmo aconteceu com a mídia sarcástica do Pasquim, e do grande jornal do Rio de Janeiro, o Jornal do Brasil.

Passamos a vir dentro de nosso próprio mundo, onde uma número muito superior de gente que sai, se contrapõe inferior dos que entram. E justamente no período em que as midias sociais passaram a bombar nos quatro cantos do pais.

Como ressurgiremos das cinzas? Está ai uma pergunta que muitos deveriam fazer. Como cobrar de nossas autoridades governamentais um tratamento digo de uma atividade, que gera empregos e divisas e não um hobby de meia dúzia de pessoas que erroneamente é vista, como aquelas que não tem o que fazer?

Unindo-nos, organizando-nos e batendo nas portas certas. Pois, o que vejo atualmente são muitas graúnas e caboclos Mamadô enterrando-nos vivos no cemitérios dos vivos.


VOCÊ ESTÁ VENDO? EU NÃO !