Tenho convicção que em 95% dos casos, quando um leitor não entende aquilo que você transmitiu, o errado é você, pois, qualquer que seja a sua mensagem ela tem que ser clara e susceptível de entendimento por quem quer que seja. Outrossim, existem 5% de casos, que o leitor está errado, por motivos os mais diversos possíveis. E um deles, é por simplesmente não concordar com a sua missiva. E outra trata-se de um aprendiz de Dilma Roussef.
Fui acusado de achar que o Kentucky Derby é a mais importante carreira do planeta, por iniciar ontem um artigo, dizendo o que transcrevo, letrinha por letrinha abaixo:
Você, amante do turfe, tem todo o direito de apreciar mais o Arco, o King George e até o Epsom Derby que o Kentucky Derby, mas igualmente há de aceitar à luz dos fatos, que um evento que atraia a atenção simultânea de quase 16 milhões de expectadores, deve ser respeitado não apenas por sua penetração como por sua ação motivadora...
Pois é, como se vê clamo apenas por respeito, nada mais do que isto. Ainda mais que me incluo naquele núcleo de maiores apreciadores do Arco e do King George, propriamente que qualquer Derby, Inclusive o de Epsom. E porque assim o sou? Pelo simples fato de achar que as provas abertas a idades, soam mais convincentes do que as restritas a uma determinada geração. E creio que isto se torna de fácil entendimento, quando os pesos por idade são aplicados em provas como estas. Os mais novos levam uma vantagem, por achar-se que eles merecem por ter menos experiência.
Sou ainda daqueles que acredito que a função das grandes corridas é selecionar aqueles que tornaram-se vencedores das mesmas, e por isto, devem seguir seu curso no breeding-shed, tentando reproduzir animais a sua semelhança. E partindo deste princípio pergunto, qual a carreira que mais consagrados reprodutores produziu de Northern Dancer para cá? O Kentucky Derby ou o King George VI e o Arco ?
O Kentucky Derby é responsável por Northern Dancer (1964), Seattle Slew (1977), Sunday Silence (1989) e Unbridled (1990).
Enquanto o King George de 1964 para cá, compareceu com Nijinsky (1970), Mill Reef (1971), Montjeu (2000), Galileo (2001) e Nathaniel (2011).
E o Arco, por sua vez, com Sassafras (1970), Vaguely Noble (1966), Mill Reef (1971), Alleged (1977 e 1978), Rainbow Quest (1985), Montjeu (1999), Sea The Stars (2010).
Gostos podem variar. ma no frigir dos ovos, são quatro para um. Cinco para outro e sete para aquela prova que seus vencedores mais se provou no breeding-shed. E olha que nas duas ultimas carreiras européias, muitas foram as fêmeas que a venceram. Ao contrário da carreira norte-americana onde apenas duas o conseguiram até aqui.
Por uma questão conceitual dou mais valor ao King George e o Arco. Mas respeito bastante o Kentucky Derby. Creio que com esta explanação deixo claro meu ponto de vista, que não deverá agradar, evidentemente a todos.
Mas que isto prova? Absolutamente nada se você não tiver o cavalo certo. No Brasil, por exemplo um ganhador do Kentucky Derby Spend a Buck, gerou mais ganhadores de grupo que quatro vencedores do Arco, juntos. O que em outras palavras quer dizer que mais vale uma andorinha na mão do que quatro voando...