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quarta-feira, 11 de maio de 2022

PONTO CEGO. UMA ANÁLISE, CURTA E RASTEIRA

Porque erramos tanto na importação de nossos garanhões?

Primeiramente pelo fato que não saímos atrás e sim examinamos listas de renegados em centros maiores, que passam nas mãos de todos os agentes a procura de um encosto. Mas ai a pergunta passa a ser: e estes agentes não pesquisam? 

Muitas vezes não. Recebem a lista e vão atrás dos clientes, naquele velho sistema do nunca desculpável do time is money e a realidade de sempre, do que cair na rede é peixe. Resultado: muita tainha e pouco salmon...

E aqueles poucos que pesquisam, pecam na qualificação dos qualificativos, nas imprecisões dos dados disponíveis, da variabilidade dos argumentos, sem falar na referência básica de dizer aquilo que o comprador anseia ouvir. Não o que deveria ouvir.

Massagear o ego, é ainda uma técnica que funciona no Brasil. Sempre existiu, só que agora com menor pudor. Exageros sempre existiram, mas pelo menos nos meus áureos tempos, eles surgiam na figura de uma Roberta Close. Hoje de um Pablo Vitar. Muda o cenário, mas o palco se mantem o mesmo.

Não quero com isto apenas criticar. Estou tentando apenas concluir, já que jorramos dinheiro pelo ladrão com importações a meu ver estapafúrdias. Adquirimos reprodutores, como aqueles sofás, em promoção, que nem com o quadro acima da ladeira, combinam.

Não analisamos nossas reais necessidades e muito menos a serventia que esta medida nos irá trazer, Simplesmente nos deixamos escorrer pela irracionalidade da mesmísse. Ao passo que sou obrigado a presenciar com medidas como estas, verdadeiros veios nacionais, se esvaírem, sem a menor chance de aproveitamento.

George Washintgon (Redattore), Garbo Talks (Wild Event) e English Major (Put it Back), para se citar apenas três, poderiam tranquilamente ser o inicio de algo no Paraná, se convenientemente explorados, como o são matungos cheirosos, que não conseguiram fazer jus a genética que carregam. Aqueles Neros e Caligulas da vida. Algum poderá dar certo? Evidente que sim. Mas há que preço?

Não vale a pena ficar batendo numa tecla, pois, estaremos incorrendo no erro de mergulhar de corpo e alma num sambinha de uma nota só. Outrossim, é importante pelo menos se ter noção, onde estaremos nos metendo.

Chegamos a disputa de mais um Grande Prêmio São Paulo com os seguintes quadros. Será uma tarde de pouquíssimas surpresas. Tomara que esteja enganado.