Muita gente pensa no turfe com a aterrorizante lerdeza da baba do boi cansado. E o pior? Nem se tocam ao fato. Como a Dilma Rouseff, detentora do maior índice entre os que navegam nesta baba. Outrossim, da mesma forma que ela foi eleita em duas oportunidades - se bem que a última numa forma tremendamente misteriosa - existe em nossa atividade, gente que dá trela e assim propicia que estes pobres de espirito, mas de línguas afiadas, resistam a sua inevitável obscuridade.
Onde já se viu afirmar que eu uma vez tenha dito que o cavalo brasileiro pode fazer frente aos melhores cavalos do hemisfério norte. O que digo, é que primeiro, o muito bom cavalo brasileiro, se trazido corretamente para os Estados Unidos, não faz feio. E segundo, se corrido na primeira turma pode luzir, como fizeram por exemplo, Pico Central, Riboletta, Einstein e Siphon, nas pistas e nas distâncias em que os norte-americanos dominam. O que não foi dito, mas é de fácil entendimento, é que isto certamente não acontecerá, se houver na carreira um Life is Good ou um Flightline. Entendido, ou vou ter que desenhar?
Estes dois citados, excedem as raias da normalidade, como tantos outros que gastariam tempo e espaço, simplesmente cita-los. Nunca afirmarei que poderemos produzir a um Secretariat, a um Man O´War, a um Citation ou a um Seattle Slew. Mas podemos, de vez em quando - mas de vez do que de quando - aparecer com um que traga muitas alegrias, na primeira turma.
E assim mesmo, se Bal a Bali não sofre os contratempos que sofreu quando de sua chegada, diria, que perderia, mas com tremenda luta, para os dois citados, como iniciais referências.
Não há como bater o freeky norte-americano na velocidade e na meia distância do dirt, assim como o similar europeu na grama a partir da milha. São anos e anos de filtragem qualitativa na genética. Os australianos, conseguem na velocidade e na grama se impor, mas ainda não o conseguiram no dirt. Da mesma forma que o japoneses o fazem nas distâncias clássicas, mas até aqui apenas na grama. E olhem que o nível de investimentos deles, é outro.
O cavalo brasileiro é competitivo, e arrisco a afirmar que não é de hoje. É de todo o sempre, a começar por Mossoró, que foi transferido para a Inglaterra e lá veio a ganhar um punhado de carreiras. Hoje, diria que somos ainda mais competitivos e em maior número, porém, as limitações que estas taxações espúrias de importação de nossa matéria prima, a genética, impõem a nosso mercado, certamente vão gradativamente diminuir o ímpeto de nossos investidores em arriscar, pois, influem veementemente no decréscimo na qualidade de nossa genética.
O que fazer meu caro Márcio?
Primeiro diminuir estas taxas. Segundo nos concentrar no apuro de selecionar melhor genética e terceira eliminar de nossas lides, todo aquele que pense como você, com a lerdeza da baba do boi cansado.
PS1 - Vocês virão os sete que o Flamengo administrou ao vice campeão da Colômbia, nas oitavas da Libertadores?