O que você não tolera normalmente, merece de sua pessoa um certo respeito se desferido por um gênio. E sabem porque? Porque gênio é gênio, e funciona em outra rotação.
Ele vê nitidamente, o que você sequer imagina, e normalmente está décadas a sua frente, pois, vive uma outra realidade.
Muitos deles foram incontroláveis. Não sou um entendido em jazz, inclusive este ritmo, me lembra muito um dia chuvoso, frio e nublado, triste, melancólico, mas que em várias oportunidades vale a pena ser ouvido. Principalmente em momentos de solidão.
Mile Davis, foi o que mais me impressionou. Detestava brancos, tocava muitas vezes de costas para a sua audiência, era incapaz de cumprimentar seu publico ao entrar no palco e agradecer os aplausos ao final de sua apresentação. Fazia-o como se fosse uma obrigação. Toco para os que me pagam, mas não quero envolvimentos maiores. Mas tinha um Ferrari, adorava mulheres brancas, se vestia nos trinques e era incapaz de ajudar aqueles de sua raça.
O rock, colocou um final em seu reinado. O Rock e as drogas.
Pois bem, as drogas, quase colocaram também um ponto final na carreira de Frank Dettori, assim como o excesso de peso na de Lester Piggott. Dois gênios da condução de cavalos de corrida, no chamado flat. Gênios também com suas particularidades.
É com muita tristeza que recebi a noticia do próprio Moreira, que encerrará sua carreira, no ano de 2023. E o fará com um tour pelo mundo. Finalmente levaremos adiante uma live com ele, marcada inicialmente para o dia 19. Um verdadeiro presente de natal, para aqueles que nos acompanham no Ninho do Albatroz.
Afirmo com total segurança, que não sei treinar um cavalo e muito menos me sinto capaz de dirigi-lo em uma corrida, mas em contrapartida, sei quando um cavalo está bem treinado e quando um jóckey é dotado de qualidades. Vi em Moreira um grande profissional e por intermédio do Estrela Energia, o levei para França. As coisas não funcionaram da forma que deveriam funcionar, muito em função de interferências externas. Mas quando o Moreira, de volta ao Brasil, meses depois me ligou perguntando o que eu achava ele ir montar em Singapura, dei força. Deixando claro que um dia ele estaria no topo, contudo, não era ainda hora dele enfrentar algo do tipo Estados Unidos, e que a experiência neste centro menor seria de muita valia. Como foi.
Moreira se transformou num dos maiores jockeys do circuito mundial. Isto de a muito deixou de ser uma opinião. Cristalizou-se em um fato. Logo, não foi de maneira alguma uma surpresa para mim. pois, vi nele esta qualidade, ainda no inicio. Faltava ele no Ninho do Albatroz, já que nossa live, já recebera o Silvestre de Souza e o Ricardinho, que formam junto com o Moreira, aquilo que considero o trio de ouro nesta profissão. Será uma live a ser levada a efeito dia 19 de Dezembro próxima. Nosso presente de natal, aos nossos navegantes.
Esta próxima semana, no dia 28, será a vez do Roberto Belina, presidente do Jockey Club do Paraná, que desde o inicio fez parte do grupo que abriu as portas de um hipódromo que na verdade nunca deveria ter fechado. Uma pista de grama e uma vontade f\errea, de não deixar o Tarumã abandonado, fizeram com que este grupo lutasse de uma forma corajosa, para que o turfe paranaense não perdesse suas origens.
O Roberto demonstrará na próxima segunda, no horário de sempre, 21.30, na plataforma da Revista Horse, no You Tube, quais são os projetos que sua diretoria e seu grupo, tem para trazer de volta o Jockey Club Paranaense, a posição especial que sempre viveu. Estará igualmente apresentando o programa do Grande Prêmio Paraná a ser disputado dia no sábado seguinte a live.
Tive a oportunidade de ver Grão de Bico, Riadhis, Clçacksin e Kigrandi, entre outros correrem e ganharem esta prova. Era um marco no calendário nacional. Logo, como muitos de minha geração, seria um presente, ter de volta a importância desta prova, no cenário nacional.