Qualquer semelhança, nem sempre deixa de ser uma coincidência. Principalmente quando as coisas começão erradas, pois elas tendem a se tornar ainda piores com o passar do tempo. Ou como diria vó Adelina, pepino que nasce torto, morre torto, tentar muda-lo, só quebrando.
Que ninguém nos ouça, mas de que adianta um juiz militante de nosso supremo, na ânsia de fazer uma faxina que apague com as pegadas e digitais, de vários crimes cometidos por um ex-presidente, tenha que varrer parte desta sujeira, para abaixo do tapete? Vai deixar seu réu inocente? Duvido, pois, alguém se liga, levanta o tapete e a sujeira continua toda lá.
E nomes como os de um contador que ganhou 55 vezes na loteria, aparece na vida deste citado presidente, como também na de membros do PCC, de corruptos donos de empresas e toda comandita de baixo calão. Volto a perguntar, de que adianta?
Pois é, no Brasil, adianta...
Da mesma forma que desprezo esta turma corrupta, igualmente o faço em relação aos chamados eletricistas genéticos que compõem um pedigree. Aqueles que cortam feitos produtivos em sua tentativa de se manterem atuantes, linearmente. Confesso, que descobri isto um pouco tarde, e o fiz, como aqui já várias vezes citei, em minha mini entrevista com o grande criador Paul Mellon.
Pelas "meleichas" de Jeová, o estrago que um eletricista pode causar, é imenso. Tão grande, como as ações de um presidente corrupto, ou uma corte suprema politicamente militante. Leva-se anos para se montar um pedigree fidedigno as suas origens, e um elemento destes, como num passe de mágica, em minutos são capazes de por tudo abaixo. E infelizmente no Brasil, um enxame de eletricistas aqui aportaram e deixaram suas marcas de uma forma cruel.
Temos tendências suicidas. Adquirimos reprodutores sem vê-los e não tendo o mínimo cuidado de estudar seus antecedentes. Se gostamos do pai, ½ caminho já está recorrido. Se ele então, vive o seus 15 minutos de moda, ¾. E se o preço agrada, toma-se um fechado pela cara!
A pressa sempre foi inimiga da perfeição. já diziam os antigos. E quando esta pressa vem ornada em "afoitice", o caminho para o brejo, torna-se mais do que eminente. Fica evidente.
Aí no Brasil, precocidade é confundida com classe, e na grande maioria das vezes , aquele que desponta no breeding-shed, com filhos ganhadores logo no inicio de suas campanhas, passam a influenciar a criadores incautos como viáveis opções, esquecendo-se que temos um turfe, que basicamente premeia grama e distâncias mais alentadas. E na sequência natural, contas são mandadas e nem sempre ressarcidas.
Alguns reprodutores sediados no Paraná, obtiveram um bom começo nestas últimas temporadas. Certamente causaram um enorme alvoroço no mercado, todavia, quando a idade colocou todos num mesmo patamar fisico e as distâncias aumentaram, simplesmente estes mesmos desapareceram. Ou na melhor das hipóteses caíram nitidamente de rendimento. Isto não lhe causa estranheza?
Sempre defendi o posicionamento do legado. Pois está, é a meu ver a grande chave de continuidade genética em nossa atividade, principalmente agora que a reposição de matrizes, parece muito difícil de se concretizar. E ainda com o agravante, de que nossa mais importantes corredoras, paulatinamente estão tomando outros destinos, que não o dos nossos breeding-sheds.
Estamos varrendo nossa sujeira, para baixo do tapete e vendendo pela melhor oferta os utensílios, que possam manter a cozinha, realmente limpa e em pleno funcionamento. E eu sei onde isto vai dar, pois já vi este filme: no brejo.
Quando em minhas analises tenho que recorrer a alguém, posicionado na terceira geração de um ganhador de grupo no Brasil, como forma de justificar sua qualidade, é porque a coisa já está apodrecendo. E como sempre friso, uma coisa é amadurecer, outra apodrecer.