Não importa ser você assuma ser um velho ou apenas aja qual um adolescente reciclado, a dor vem e com ela a experiência de uma vida, vivida. O problema do choque de gerações, reside pura e simplesmente que em minha formação sentir-me influenciado por meus pais, meus professores, meus amigos e pessoas com real importância em seu dia a dia. Hoje, não mais. Jovens são influenciados por pessoas estranhas, que pintam seus cabelos de roxo, adestram focas, vedem idéias de uma democracia relativa e que na grande maioria das vezes se intitulam as almas mais puras do universo. creiam, meus navegantes, isto faz uma bruta de uma diferença.
O pilar principal do aprendizado, é o respeito e este infelizmente é o primeiro a ser banalizado na escala de valores ora vigente. O segundo é o respeito a experiência. E o terceiros obediência as leis de convivência humana.
O turfe, ainda retém algumas características de meus tempos de garoto. É certo que sofreu mudanças radicais, porém, ainda se mantém no princípio básico de quem cruza a frente dos outros o disco de chegada, tem 99% de chances de ser oficializado o vencedor da corrida em questão. Existem dois obstáculos finais a serem transpostos: a análise da comissão de corridas e o resultado dos teste feitos em laboratórios sobre a urina recolhida. A partir dai é depositar o cheque e já ter vem mente qual será a nova disputa.
Tenho receio de tarjas negras tanto em remédios, quanto em pessoas e principalmente em cavalos de corrida. Julgamentos prematuros sobre liderança de gerações e matunguisses, confesso que me amedrontam. Picos da Galáxias ou matungos máximos, não fazem parte de meu vocabulário, quanto mais de minha maneira de tecer um raciocínio lógico para uma atividade em muitos pontos, ilógica. Confesso que agi prematuramente ao eleger Frankel, Sea the Stars, Zarkava, Camelot, Flightline e no tempo atual City of Troy como espécimes superiores em sua raça, com apenas uma ou duas carreiras disputadas, Mas a forma como se apresentaram era tão distinta, tão excitante, que me fizeram exagerar na dose.
Graças a Deus, todos os citados confirmaram . Contudo, em contrapartida, aqueles que não preencheram as minhas expectativas como Nijinsky, Emily Upjohn, Baaed e tantos outros a auto defesa de sua mente impede, a seem esquecidos?
Vitórias quase sempre são adornadas com adjetivos desnecessários e derrotas vem abarrotadas de justificativas. Lei da atividade. Outrossim o que vi, com estes olhos que a terra há de comer,, numa prova de graduação máxima em Randwick, na Australia, e foi apresentado na última live do Ninho do Albatroz, a 107, confesso que era inédito para mim. Eu meus longos anos de experiência nesta atividade, vi muitos meteoros assumirem a vanguarda, livrarem 10 a 20 corpos, e morrerem na reta, afogados em seus próprios venenos. Não foram em cinco ou seis oportunidades. Foram em todas! Mas fazê-lo e ainda ganhar por mais de 6 corpos, como Pride of Jenny o fez no Queen Elizabeth stakes (G1), deste último sábado, juro que trata-se da primeira vez. Ato digno de ser ressaltado. Quando tiverem tempo, vejam na live, que esta gravada no You Tube.
Não me considero um adolescente reciclado. Tenho idade suficiente para não estar mais entre os vivos, mas a lembrança desta carreira, de um ineditismo invulgar, nunca esquecerei, como as boas lembranças de ter selecionado cavalos capazes de ganhar o Santa Anita Handicap, Dubai Classic e ser segundo no King George, da mesma forma que nunca de minha mente se apagarão as de ser derrotado no último pulo por My Flag, numa Breeders Cup Juvenile Filly ou por Villsge King, num Grande Premio Brasil.
São coisas da vida...