Como reconstruir uma cidade de 400,000 habitantes em outro lugar? Como fazer o mesmo com outras 300 menores? Simplesmente afastá-las dos rios, já que já foram tomadas por eles, em mais de uma ocasião? Reconstruí-las, de décadas em décadas? É triste imaginar, mas como ex-urbanista, que um dia fui, eu acho que grande parte do Rio Grande do Sul desapareceu. E com eles, lembranças e experiências.
E as estradas? A maioria delas destruídas e hoje responsáveis por unir nada a porra nenhuma? Como reedificar pontes, tratar um solo saturado, livrar-se da lama e ainda por cima sobreviver sem emprego e um teto para morar? Pois até as doações tem um limite. Todos que hoje ajudam, tem uma vida a ser vivida em outros pontos do pais. Em poucos dias hão de parar. E tudo isto, imaginem capitaneados por um presidente, que pensa que torcer pelo Grêmio e o Internacional, seja a solução para todos estes problemas?
Foi duro demais. Lógico que não é apenas uma visão pessimista. Diria até ser por demais realista. Eu por exemplo, moro de frente para o mar. Nem uma rua me separa da areia da praia e penso, até quando aquele oceano à minha frente, se manterá aonde está?
Água potável é parte de nossa sobrevivência, mas aquela que forma rios, lagos e o oceano, nem sempre...
Um bom dia para todos.