Passado este fim de semana, fortaleceram a crença aqueles que acreditavam em Sosie e Blustocking, - o casal 20 - como os eméritos merecedores do Arco deste ano, a disputar-se em questão de semanas. Seus Niel e Vermeille, convenceram.
E o que dizer de os irmãos Wertheimer versus Juddmonte Farms, no grande primeiro domingo de Outubro, em Longchamp? No mínimo surpreendente, a esta altura do campeonato. Afinal aonde estariam os da Coolmore e Godolphin? Sei lá. O mais certo é que até aqui, foram ficando, um a um, pelo caminho.
Na coluna da segunda o Gil deixou lavrada sua opinião, sobre como vão as coisas lá pelo lado da Godolphin. O Edson Alexandre em nossa live, já tinha notado que a segunda carreira de cavalos de Charles Applyby, que estreiam auspiciosamente em provas de grupo norte-americanas, normalmente não confirmam o seu favoritismo na apresentação seguinte. O que isto teria a haver com o Arco, disputado em Paris? A principio nada, mas levado-se em consideração que "o seguro morreu de velho", como diria a nobre senhora, "é para se colocar as barbas de molho", como ela também dizia.
Eu confesso que mesmo sendo o Arco, uma prova que nitidamente favorece as fêmeas - 19 vencedoras dos anos 70 para cá - minha fé este ano vai para os machos. Mais precisamente para Sosie, filho de um vencedor desta prova, - bem como do Epsom Derby - Sea the Stars, em mães pelos derby winners Shamardal (francês), Monsun (alemão) e Old Vic (britânico). Não estariam os irmãos Wertheimer a procura de algo grandioso na distância clássica? E analisando-se fato de Sosie, ter ganho até aqui, quatro de seus seis compromissos, sendo os dois últimos as milhas e meia do Grand Prix de Paris e do Nile, não se torna lúcido pensar que eles encontraram?
Admito, como aqui já escrevi, quando de seu segundo no King George para Goliat, que qualquer fêmea da Juddmonte, no Arco, é coisa para se levar em conta. Outrossim, desta feita a filha do derby winner Camelot, por ter sido gerada por um grande milheira que em sua estrutura genética tem sua formação em grandes milheiros, como Dansili, Distante View e Tudor Minstrel, pode tranquilamente lhe faltar estamina. A forma como foi corrida no King George, na última colocação, me faz crer desta possibilidade.
No Vermeille, entre as fêmeas, foi direto para as primeiras colocações, correndo quase que o tempo todo na segunda. Entrou na reta liderando a turma e embora tenha momentaneamente perdido a ponta no meio da reta, para outra Sea the Stars de criação e propriedade do Westheimer, Aventure, resistiu, voltou a liderar e a ganhar, contudo ressaltaria que com uma firmeza, vamos aqui dizer, que relativa... A mãe de Avenure é produto da união do ganhador da Japan Cup, Singspiel, com uma filha do ganhador do Arco, Rainbow Quest.
Sosie parece ser o dono deste Arco. Não apenas, pelo que mostrou em pista, mas igualmente pela genética que possui, poucas dúvidas deixa a analistas de genética. Além do mais, é treino por André Fabre que ganhou esta prova em oito oportunidades: Trempolino (1987), Subotica (1992), Carnegie (1994), Peintre Celebre (1997), Sagamix (1998), Hurricane Run (2005), Rail Link (2006) e Waldgeist (2019).
Uma pergunta, que imediatamente a mim foi feita. Seria Zarigana superior a Bluestocking? Seria sim, a meu ver, tremendamente prematuro hoje se aquilatar isto. Contudo, lá no fundinho de minha mente, algo me diz que sim.