Em 1945, o Japão era dizimado, após duas bombas atômicas nas cidades de Hiroshima e Nagasaki. Décadas se passam e hoje eles se constituem numa potencia turfística difícil de ser igualada.
Sinto-me seguro em afirmar que a Japan Cup é hoje um espetáculo, só comparável a Marlboro Cup na Austrália, o Arco na França, o King George na Inglaterra, a Dubai Cup nos Emirados Árabes e o Kentucky Derby e a Breeders Cup Classic, nos Estados Unidos, em termos de atenção internacional.
Disputada no outro lado do mundo, quando quase todo o mundo turfístico ainda dorme, hoje é a responsável por modificar os hábitos dos verdadeiros amantes desta atividade, esteja onde estiver. E na versão de 2024, a vitória de Do Deuce, valeu cada segundo de espera gasto na madrugada.
De último a primeiro, tendo que entrar na reta, aberto a meio de raia, fez o que apenas os grandes cavalos numa prova desta envergadura e repleta de adversários, poderia fazer: ganhar. Sua superioridade aparente antes da disputa tornou-se realidade para este que foi feito favorito da prova, que contava, entre outros, com os vencedores do King George, o alemão Goliath e dos derbies da Inglaterra e da Irlanda, além da Breeders Cup Turf, o irlandês, August Rodin. Onde chegaram? Respectivamente em sexto e oitavo, a 3 ½ corpos e 4 ½ corpos, respectivamente.
Cervinia, a minha favorita, mesmo com a descarga de idade e sexo, não passou de uma quarta colocação a 2 ½ corpos do vencedor. Não houve terceiro colocado, já que o três anos Shin Emperor e o quatro Durezza, empataram na segunda colocação a pescoço do ganhador.
Do Douce um cinco anos, cuja derrota ano passado nesta mesma prova foi justificada por não poder contar com os serviços de seu jockey, o consagrado Yutaka Take, este ano provou a tese defendida por sua conexões e não deixou duvida alguma que foi dirigido a perfeição por seu companheiro usual.
Neto paterno de Sunday Silence e cuja mãe é filha de um filho do tríplice coroado Seattle Slew, Do Deuce é imbreed em Lyphard e Hail to Reason. Além de possuir aquele linebreed, por nós sobejamente defendido, em Hyperion, do qual possui 10 vertentes por nove mensageiros distintos, sendo seis deles machos.
Quanto ao Japão ser o que hoje é, e propiciado por mim anos atrás, é produto de muitas noites sem dormir, acompanhando suas principais carreiras. Simples assim.