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Para mim os quatro times que mais encheram meus olhos, foram as seleções brasileiras de 70 e 82, e os Flamengos de 1981 e 2019. E todos tinham seus tiros alguns vindos de lugares abomináveis. Lembro que em 70, Jairzinho e Rivelino foram improvisados de pontas. Colocaram o Tostão ao lado do Pelé - dois camisas dez - e o Piazza jogou de quarto zagueiro. Encaixou e foi simplesmente aquela maravilha. A seleção de 1982, que não tinha uma improvisação sequer, jogou um futebol sublime, mas não trouxe taça alguma. E imaginem o que é ir para uma Copa do Mundo com Waldyr Perez e Serginho Xulapa...
No Flamengo de 19, Pablo Mari veio da segunda divisão da liga espanholas e Gabigol, tinha sido um fiasco em sua passagem pela Europa. Moral da história, quatro derrotas e cinco títulos. E em 81, um time de garotos criados na casa, fez o que fez. Ganharam o titulo mundial.
Logo, nunca me preocupei com o fato de trazer filhos ou filhas de Royal Roberto e Monarchos ou mesmo netos maternos de Brac e Isgala, pois, o que sempre me interessou foi o individuo. O conjunto da obra. Minha impossibilidade financeira de poder adquirir Galileos, não me fez desistir. Ao contrário, tinha que aceitar tiros oriundos dos mais estranhos lugares, conviver com os mesmos e se possível tirar deles o que havia de melhor em cada um.
Afinal um pedigree de cinco gerações, conta com 64 nomes, e mesmo pai e avô maternos tenham que ser consideradas posições de suma importância, a força de alguém lá de trás, pode fazer dos ovos, um bom omelete. Vejam os que as mães de Da Hoss e Much Better produziram. Um nada colossal, mas estes dois tornaram-se tiros certeiros. Sorte a minha.
A força de um pedigree pode ter sua fonte em qualquer lugar. O cruzamento as vezes cria possibilidades, nunca antes percebidas e você tem que ter discernimento que aquilo a sua frente, que tanto o convenceu quando de sua inspeção, pode dar certo. O problema é convencer alguém a colocar dinheiro vivo, em seu palpite... e ainda por cima em um cavalo que fisicamente será, pois ainda se mostra em formação.
Pouco a pouco as coisas se repetem, pois, o processo é cíclico. O Flamengo acaba de contratar um diretor de Futebol que estava na Croácia e um substituto para o Gabigol, que estava jogando no Azerbajao. Não seriam outros tiros vindos de lugares inusitados? Só espero que dentro de minhas descobertas recentes possa encontrar outros, que a muitos passam a desapercebido por serem gerados por elementos considerados off-broadway.
