Tem certas coisas que devem ser deixadas para ser discutidas no domingo, tal a sua importância no contexto. Tem-se mais tempo para absorve-las. vamos a uma delas.
Sou daqueles que acreditam que a vida é uma viagem. E você a inicia, vivendo, sem um destino marcado. Não há um mapa, nem uma bússola para orienta-lo. Apenas seu sentido de sobrevivência. Mas com o passar do tempo vem o discernimento e o aumento do conhecimento, lhe agrega um destino, que passa a fazer parte da mesma. Funciona como um objetivo a princípio e que se transforma, numa obrigação com o passar do tempo. Isto é reconhecido por muitos, como profissionalismo.Na live do Ninho, desta ultima segunda feira, o Edson fez uma afirmativa que considero importante. Se um hipódromos como o Cristal, tem grana em seus cofres e pertence a um estado do tamanho do vizinho Uruguai, porque não fazer do Bento Gonçalves um José Pedro Ramirez? Seria impossível? Creio que não.
Faz todo o sentido sua indagação. Se a bolsa for idêntica a da maior carreira disputada no pais vizinho, teremos campos de alto padrão certamente, com a presença dos vencedores dos ganhadores da Polla e do Nacional de Palermo, como foi o caso presente. Não diria que eles viriam a nado, como ele fez questão de frisar, mas teríamos suas presenças garantidas. E grandes cavalos fazem a diferença em qualquer que seja a carreira, a distância e o local. Quem imaginaria no século passado que grandes cavalos seriam transportados para disputar provas em Dubai e na Arábia Saudita? E vou mais longe, ou alguém tinha duvidas que um cavalo que tira segundo lugar da maneira que El Kódigo tirou, semanas antes no Pellegrini, iria perder para o tríplice coroado local? muita infantilidade de quem pensou de maneira distinta.
Vejo um esforço hercúleo da gente do Paraná, tentando fazer do Grande Prêmio Paraná, aquilo que um dia foi, e nunca deveria ter deixado de ser: a mais importante carreira de areia disputada em nosso pais. Deveríamos incentivar a estes dois hipódromos, Cristal e Tarumã, a fazê-lo e transformar estas duas datas em algo especial no calendário hípico de nosso continente.
O que o Edsom propôs não é um delírio e sim a forma de se sonhar alto. Acreditar na atividade e pretender que o cavalo brasileiro deve ter estes desafios, nem que durante os primeiros anos tenha que ser subjugado por elementos de outros países.